sábado, 19 de dezembro de 2009

Viver de Tr'as para Frente...

Olá meus amigos, não podeira deixar de compartilhar este momento. Escrevo, ou melhor, de forma não compreendida ainda pela língua portuguesa, descrevo uma sensacao emocionante que vivi ainda esta semana.
Como alguns sabem, sou voluntária numa casa de apoio a criancas com cancer, isso há mais de 10 anos. Já vi muitos rostinhos, sorrisos, nomes.. enfim, e quinta passada foi o dia do Papai Noel pintar na casa. Ai ai é muito legal este dia.. tudo é permitido: Fanta laranja, bolo de chocolate, brincadeiras, balas, corantes, acucar..kkkk.. a tal gordura tranz (nem sei como escreve). Tudo que dá a sensacao de quero mais, pode.
Este ano a festa era numa casa especializada em festas infantis...NOOOOOOOOSSA tinha de tudo, acho que era quase, mas quase a casa de Michel Jackson.. faltou um detalhe ou outro para ser a própria.. talvez a estátua dele com alguns vinis e premios. Era show!!
Eu e Carol fomos para animar e quando entrei pensei "animar o que se já estou animada?! Ah não eu vou eh me divertir, ninguém vai querer ficar dancando e cantando com tanta brincadeira diferente aqui, PAREI".
Olhei para Carol e sem mais nem menos ela topou. Gente fala sério eu não sou mais crianca ha muitos anos...kkkkk... voces num tem nocão de como estou acabada..kkkkk.. quebrada... demolida. Não consigo erguer o braco e para descer uma escada então?.. ai como dói só de pensar em levantar do lugar.. kkkkkkk.. foi muito legal.
Desde que eu me tornei voluntária fui mudando algumas atitudes de defesa. Nao me afastei das criancas, mas mantenho uma relacao de "Oi, sei que voce esta aqui na minha frente e vou querer ver voce sempre em minha frente e o dia em que nao te ver, tudo bem... eu sei que voce existe", isso pelo fato de ter sofrido muito com cada perda. No comeco é muito difícil, mas ai, com o tempo, cria-se um jeito de nao sofrer com a situacao. Eu optei por nao conhecer pelo nome e sim pelo rostinho.
Mas o caso nao eh esse, o fato eh que me envolvi com elas como nao fazia ha anos e, com este meu jeito de olhar sempre o que esta acontecendo de uma maneira diferente, percebi o quanto para aquelas criancas o hoje eh mais que especial.
Sei que vivem em quartos de hospitais, geralemnte nao tem uma vida escolar de contato com criancas "Normais", seus atos sao coordenados de acordo com o tratamento... na verdade sao privadas de alguma forma de viverem o seu momento, a sua fase... a infancia e adolescencia.
Depois de ter brincado com elas, interagido e trocados os nomes com algumas delas cheguei em casa e fiquei bem umas 4 horas parada, sentada na cadeira de madeira da sala da Carol e sem pensar em nada, sentido o momento e eh logico que quando estamos assim a emocao fica a flor da pele. Estamos sensiveis a verdade.
Minha mae estava mudando os canais da TV at'e chegar em algum que agradasse, nessa situacao a TV eh o pior dos mostros, como nao tem nada 'util nela. Foi quando demos a "sorte" de ver uma materia que "Ophar" (ai meu Deus, sera que eh assim que escreve o nome da apresentadora americana? famosa...). Ela mostrava uma entrevista que fez em 1992 com Michael Jackson, olha a coincidencia.. eu acabara de retornar de uma "Talvez quase" casa do Rei do Pop... e nesta entrevista falaram sobre muitas coisas: cor de pele, namoros, doenca, relacao com os pais, o PAI, ele mostrou a "casa" (realmente era muito parecida com a que estive a tarde com as criancas..kkk), e, o que mais me chamou a atencao, mentira, tudo me ateve, mas a tristeza de sua "quase" infancia... "UAu... puxa vida.."
Devido ao sucesso com o grupo formado por ele e seus irmaos e ao "carinho" de seu PAI ele deixou de ser crianca para ser um idolo. Bem eu nasci e ele ja era famoso, meus pais viram Michael.. entao pode se dizer que uma enorme etapa de sua vida foi dedicada a ser um astro. Muitos se tornam astro dessa maneira.. nosso Airton tamb'em viveu o necessario para ser lembrado como o melhor piloto da historia da F-1, desde pequeno j'a era um dedicado desportida da velocidade automitiva. Hoje estamos 15 anos sem ele e parece que ainda esta vivo em nos.
Michael morreu este ano e vagamente me lembro a data, que dira o mes e parece que esta vivo. Na estrevista que vi, e aconselho que vejam, eu revi todos os meus conceitos sobre este Ser Humano Rei do Pop. Nao era nada daquilo que pensava, realmente ele era um cavaleiro, simpatico, carismatico e com um amor muito grande pelo seu publico e principalmente pelas criancas. Ele nao foi uma crianca por isso construiu a sua infancia. Viveu de tras para frente. Entendem isso? Como muitos astros vivem.. nada de teoria da evolucao da especie humana que estudamos na escola... Essas pessoas tem compromissos com o mundo. N~ao podem parar para fazer a curva. Nascem sabendo da importancia real do tempo.
E para nos tempo eh dinheiro..
De hoje em diante nao vou me tornar uma "fa" de Michael, assim como nao me tornei do Senna, apenas sei que eles exisiram para melhorar, fazer o bem e provaram na luta que nao eh preciso morrer para brilhar, a vida bem vivida em compaixao faz brilhar para sempre. De hoje em diante sou conscinte do valor dessas pessoas para com o BEM e vou seguir o exemplo, fazer o bem.
As criancas da AACC podem nao estar vivendo por completo a sua infancia, mas tenho certeza de que estao se tornando especiais por aceitarem uma vida diferente, assim como a de muitos aceitam. Viver de tr'as para frente.
agora me digam: por que reclamamos tanto?!
Eu nao sei.
Talvez porque vivemos dando valor a probleminhas tao pequeninos e achamos que assim brilhamos demais com nossa teorias de solucoes.
eu sou uma dessas que leva a vida no seu ciclo normal: nascer, crecer, reproduzir e by by!!
"Uaau, que puxa!!"
Obrigado a todos pensem nisso e Feliz Natal!!!
(ps.: nao consigo encontrar a pontucao correta, o tio do a, o acento e nem a outras letras neste teclado novo..kkkk.. tah tudo escrito errado aqui meu Deus. Ainda bem que o titulo eh de tr'as para frente)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Quem é Papai Noel?!

É dezembro, mês do vermelho e verde, das barbas brancas, neve no norte, águas no sul, árvores enfeitadas, pisca-pisca não pisca, movimento total. Mês onde o limite é 10x sem juros e deixa rolar. Ninguém se importa de gastar.
Passamos o ano reclamando “o dinheiro está cada vez mais curto”, mas só é pintar “Dez.....” no calendário e tudo se multiplica em 10. É maravilhoso!!. Eu adoro o Natal. Tudo me encanta, já fui daquelas que gastava tudo e 10 vezes mais. Dava presente para todos aqui em casa e isso é muito, pois somos em 10 fora as cunhadas e claro que somando Nana’Cajhu.
Hoje não, ponderei. E digo mais, este ano não me vejo em nenhum momento saindo de casa para comprar alguma coisa. Sabe a sensação de que não existe o presente certo para um e outro. Parece que temos tudo, não precisamos de nada, talvez o que é necessário de fato não está presente nas prateleiras das lojas, expostos em shoppings.
Será o fim do meu Natal?! Oh, não!!
Não é mesmo. É o começo de um novo. Que tal?!!
Este ano, rapaz, o “bicho pegou”. Muitos caminhos foram traçados, modificados, não foi nada fácil, aliás, nunca é para aqueles que buscam mudar, crescer um pouco mais. Nem para quem quer crescer materialmente e nem para quem quer espiritualmente, até porque se fosse simples não era preciso mudar. Fica tudo como está.
Não sei se vou conseguir dizer alguma coisa com nexo neste texto. Falar de Natal sem presentes, puxa só pode ser uma loucura, não tem menor sentido isso. Bem, há quem diga, eu digo “sou louca e você é o quê?”..kkkk.. tem uma história que meus pais contavam para nós quando juntávamos para estudar virtudes. Educação de pais com filhos. Em suma ela diz o seguinte:
... em uma casa muito simples viviam o pai, a mãe e um filho. O pai era um incansável trabalhador e recebia como pagamento batatas, a mãe uma mulher envolvida com os afazeres da casa. O filho era um garotinho danadinho, só reclamava e de tanto falar mal percebia a dedicação de seus pais. A vida não era nada fácil para esta família o prato de todos os dias era batatas, aliás a vida de muitos naquela vila se pareciam. Nem o pai e a mãe reclamavam faziam de tudo para que a história um dia mudasse, as batatas serão apenas uma fase, outras virão. Pois um dia o garotinho atrevido resolveu “descalar” à boca e soltou “não acredito, batata todos os dias. Pai você não se cansa disso e mãe você fica descascando essas batatas não percebe que ninguém suporta mais isso. Batatas todos os dias é uma vergonha, vocês não merecem o melhor da vida se satisfazem com o pouco que os ricos dão. Eles riem de nós”.
Uau, para o pai e a mãe ouvir aquilo foi muito forte “como pode ser nosso filho?” indagou o pai e saiu da mesa. A mãe, como todas as mães parou e disse “junte as cascas de batatas e as coloque no prato como faço todos os dias e leve as para o fundo de casa, espere alguns minutos e verá”.
O menino muito contrariado fez o que a mãe mandou e esperou um pouco do lado de fora de sua casa quando viu surgindo não muito longe um senhor mal vestido, sujo e com sinais de marcas no rosto, mais ao lado uma senhora e 3 filhos escadinhas. O menino a princípio pensou em gritar, correr, bater, mas resolver esperar. O senhor de marcas no rosto pegou as cascas de batatas e deu para os filhos e a esposa comer. Seguiram para um bosque sem telhas e paredes, foram dormir com as árvores.
A mãe do garoto parou do lado e disse “sabe filho, há muitos e muitos casos neste mundo que você desconhece, comemos batatas não porque queremos e sim pelo fato de termos batatas, podemos trocá-las por arroz, carne ou o quê, mas não fazemos. As nossas batatas nos alimentam e as cascas delas alimentam outros. A vida é um ciclo siga para o bem com o próximo. Não busque a própria felicidade seja a alegria de alguém”...

Bem a verdade, contei a história conforme a minha memória e imaginação, em síntese ela diz isso e isso parece pouco mais é muito. O que me fez lembrar dela foi uma garotinha muito simpática que encontrei no domingo, quando participava de uma Feira de Natal.
Eu doidinha para vender para a garotinha me envolvi tanto que já estava trocando endereços, uma menina de 9 anos. Perguntei se acreditava em Papai Noel, ela me zombou com um sorriso e muito educada respondeu com o balançar de sua cabeça um NÂO totalmente "hello, se liga" invejável, nossa ela era uma atriz.
Logo quis tirar a prova dos 9 e coloquei-a contra a parede:
"bem, eu também pensei um dia num acreditar. Já cheguei até a balançar a cabeça assim como você e melhor ritmando com o pezinho. Ah! Papai Noel não existe é lógico que são meus pais. Como ele sabe o que vou querer se nunca mandei uma cartinha?”
Mas ai o meu outro lado pensou: oras e se ele existir e um dia descobrir que eu não acreditei nele, nossa muito chato isso.
Então hoje eu não duvido."
A menina trocou o sorriso por um olhar expressão de “veja bem..” (ela era ótima em seus gestos) e disse:
“veja bem, meu Pai me falou que todos podemos ser Papai Noel. Assim, se eu ganhar um presente dele ele é meu Papai Noel, agoooora se eu der um presente para alguém eu sou a Papai Noel”.
Uau, uma mente de primeira Dama. Não é uma menina é uma anã. Fiquei maravilhada com a resposta e melhor que expressão. Como as crianças, educadas em casa, nos ajudam a crescer. Essa visão do real sem modificações do meio me encanta e só as crianças têm esse poder de ver e crer.
Essa garota “Jovem Noel” me lembrou do garotinho “Nada Noel” das histórias ditas pelos meus pais. E tudo isso junto me fez crer neste Natal vou dar aquilo de melhor em mim, o verdadeiro sentimento, o que é capaz de unir as almas, nada mais nada menos que "O amor". Este é o fruto da nossa mais sincera existência.
Obrigada pelo carinho de muitos, através dos depoimentos aqui e em meu e-mail.
Aos meus conhecidos e desconhecidos seguidores, meus desejos de felicidade, carinho e amor eterno.
Neste Natal desejo muito amor para todos epodem me amar que eu deixo e gosto.
E se eu não voltar a escrever este ano, tenham um 2010 de pura paz e espero vê-los aqui sempre virtualmente. E quem sabe em breve, um encontro real.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Banho?!! Só se chover Nana.

Eu preciso me abrir antes que o campeonato brasileiro acabe. Estou carregando um peso enorme, pois sem quem vai ser campeão este ano. Falo sério... Quem me contou não está ligado a Confederação Brasileira de Futebol, ou aos fanáticos por Futebol, nem programas de TV sobre o assunto, ninguém, aliás, é alguém que gosta de roer o osso para afiar os dentes, que vê o mundo de quatro... patas.
Nana’Cajhu, minha yorkshire de 4 anos. Ela sabe quem vai ser campeão. Essa cuiabana está me deixando louca. Descobrir há alguns anos o seu poder de mudar a tabela do campeonato brasileiro, é verdade! Veja bem, aqui em casa apenas eu sou São Paulina, ai tem Thiago que é Flamenguista e depois todos os outros, muitos, são os fanáticos verdes Palmeirenses.
Diz que o roxo é o mais fanático, pode ser, mas os verdinhos são do tipo grito forte, nada maduro, difícil de esquecer. Eu até torço, às vezes, para eles. É de dar dó. Lucas meu irmão mais novo até chora. Veste a mesma roupa, sapato, lugar na sala, a TV da sorte, o dia da semana (quarta feira é na casa da mãe, sábado é dormindo e domingo na casa do Pedro). Não... para cada campeonato é uma superstição. Libertadores é com a bermuda camuflada, a camiseta do verdão de 1987 e All Star azul com a bandeira da Inglaterra cano longo. Dá para por fé num torcedor desse?!!
Começa o jogo e os jogadores são melhores, se toma gol - “vamos lá Parmera! vai ser 3x1” -, num é nem 2, chuta logo para 3 e ai o jogo vai indo e o atacante de trancinhas azuis ou verdes perde o gol aos 30 segundos do segundo tempo... “noooossa... esse cara é a pior contratação do Parmera, manda embora!”. Acaba o jogo perdendo, pode apostar, “não, não torço mais para esse time, muito ruim... sacanagem”. É de dar pena.
Voltando ao jogo, entra o São Paulo na questão. Por ser uma torcedora solo, de uma voz, tive de me apoiar em Nana’Cajhu. Pensa o meu time quando perde para o Palmeiras?!! É o mês, o ano, a vida falando “lembra aquele jogo?! O Edmundo Animal?! Parmeeeera...” puxa vida, passou uma vida e tá lá o jogo para sempre e sempre toda forever Edmundo Animal.
Mas ai a Nana por ser uma York, Animal de verdade, e morar numa chácara tem de tomar banho sempre. Tenho tempo para isso apenas os finais de semana, se bobear todos os finais de semana ela tem de banhar. Eu descobri, toda vez que Nana tomava banho o São Paulo ganhava, ops GANHAVA!. Sim Nana é minha sorte. Ano passado só deu ela, um “preju” em xampu e outras coisa, escovinha e o São Paulo reinou, foi ótimo.
Teve um jogo Palmeiras e São Paulo, trÊs a Zero para nós. Dei banho nela e na cria dela..ul ul..kkkkk.. lucrei. Todo o ritual do banho rola na hora do jogo, não pode ser antes nem depois. Este ano ainda, o primeiro confronto com o Palmeiras, eu estava cansada e num iria dar banho... puxa cansada, e foi que o jogo apertou, só dava verdão, então sai correndo, chamando por Nana, Lucas já saiu para pegar ela antes de mim... kkkkk.. foi um caos, mas ai consegui lavar só a franginha dela e nós metemos na trave e deixamos o Marcão por duas vezes no sufoco. Pensa o banho da cachorra?!!
Mas ai este ano o futebol enfrentou uma “enhaca” troca de técnicos no meio campeonato. Um absurdo!! Saiu Muricy do São Paulo e foi para onde? Palmeiras!! Nãooooo. Tudo bem, confiante vamos. Olha a situação. Nana entrou em crise.
Continuei com os banhos de Nana e nada de funcionar. São Paulo caindo e Palmeiras subindo, que história é essa?! Numa noite antes de dormir pensei “to para dizer que essa Cajhu é Muricy, só pode ser”. E num é que é. É só dar banho em dia de jogo do Palmeiras ele vence e o São Paulo perde.
Se for ou não vamos nos precaver. Chega de banhos, vamos economizar a água do mundo, não é mesmo. Cadê a consciência minha gente?!
Final de semana passado foi a prova definitiva, o palmeiras já havia perdido, lógico Nana não tomou banho. Ai São Paulo começa a jogar e caindo um toró aqui em casa, pedi para deixar Nana entrar para ela não se molhar e não deixaram. Por quê?! “Porque estava muito podre”. E ai o que aconteceu? Ela se molhou e nós que tomamos o banho, perdemos.
Mas joguei a culpa em todos. Uma voz solo em angústia.
Bem não sei ao certo quanto tempo o São Paulo está na liderança, mas que a Nana está um fedo de podre, está. Ainda bem que já vai terminar. Pode ser que domingo tudo acabe e ai ela tomará aquele banho delicioso de SEGUNDA-FEIRA.
Não basta ser supersticioso tem de ser esperto e criativo muitas vezes a “zica” está do lado e ninguém vê. Eu vi.
kkkkkkkkkkk
Viva Nana’Cajhu.
“êo êo campeão voltou!!”

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Fazer charme de Intelectual.

O poder por trás das lentes, ou melhor, o poder de se ter lentes. Usar óculos é uma honra que gostaria de usufruir. Já observei e constatei em dados numéricos todas as vantagens de se usar óculos. Só traz benefícios.
Uma pessoa sem óculos, normal. Agora se colocando óculos podem apostar: sua meta literária é de 10 livros por ano. Incrível, além de mais intelectualizada possui um charme, elegância, sensualidade. Acho lindo quem usa óculos.
Por isso meu sonho sempre foi de ter uma necessidade de deficiência visual, ai como me doía cada visita ao oftalmologista e enxergar todas aquelas mínimas letrinhas, nunca embaçadas. Para mim sempre nítidas. Inacreditável. Miopia, Hipermetropia, Astigmatismo. Nossa que chique: “tenho astigmatismo miópico”...
Mas não nada, nada e nada. Não tenho nenhum probleminha, nem lente para descanso me indicam. Isso é péssimo, by by elegância, conceito literário. Será que pelo menos aparento ter saído da fase “Meu cachorro Bingo”.
Os óculos calam. São exatamente para ver.
“Vejam como sou melhor de lentes”.
Quem vê alguém de óculos sente o peso desse par de lentes e se forem moderninhos, pode apostar além de uma concepção literária bem formada, possui conceito cultural bem fundamentado, e se a armação for colorida é certeza, além de tudo possui uma visão contemporânea. Ai como é chique isso!!
Sem falar o portador de óculos já é superior a qualquer teste. É involuntário. Essa pessoa pode não ser nada disso, mas assim que se vê alguém de óculos já se pergunta de livros, filmes, “art nouveau”, Java, revoluções, pode ser que a conversa não evolua, mas a idéia inicial é de que vai rolar. A noite vai ser boa, por trás dessas lentes vou me deliciar.
Uma pessoa de óculos combina com roupas ousadas. Quanto mais bem vestido melhor definido. Terno, gravata, pulôver, mochila e óculos de armação metálica ou é da “Microsoft” ou trabalha na “bolsa de valores”. Cachecol, camiseta básica, calça listrada, bolsa carteiro e óculos de armação acrílica colorida têm a ver com arte, mas não um figurante.. é lá em cima, top na arte.
Imaginem o primeiro sem óculos? Vendedor de aparelho celular com frio e o segundo um jovem EMO. Os óculos definem o perfil. Eu fico de cara quando vejo alguém com esses poderes visuais e não ousam ousá-los em seus figurinos.
Por isso me resolvi em relação a isso. Sempre tive um estilo. Meu armário falava por si só, infinitas combinações multicoloridas. Porém não era nada sem óculos, vestia uma roupa e só era uma pessoa com uma roupa diferente, agora não, coloco meus óculos, “espia que chique!”, de armação laranja por fora e dentro azul bebê, lentes de vidro, grau zero. Lógico, não havia meios de ter problemas visuais então contei meus desejos para uma amiga dona de ótica e fui tão bem interpretada que acabei ganhando um par de lentes super modernas.
Tal fato é tão verídico que hoje as pessoas me respeitam; uma coisa é entrar numa reunião sem óculos, outra é com. Menina... o assunto toma rumos diferentes. Eu fico muito metida de óculos, me acho “A” intelectual mais contemporânea de toda a região. Isso porque sou humilde. Se fosse óculos de grau mesmo me acharia a mais top do mundo.
Essas lentes me deram um poder especial, um charme.
Como sou feliz. Outra pessoa.
Hum!!... kkkkkkkkkk
“Be Jota” a todos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma fã recalcada. "Arri Égua!!

Não me lembro sequer de algum encontro meu com um ídolo que tenha sido normal, como esses de fãs que conseguem falar tudo que sentem e de quebra ganham autógrafos, fotos e ficam horas no camarim.
Sou da geração Menudo, Rob Lowe, Kevin Coster, Rick Martim. Época em que os artistas além de gatos eram homens com H, pelo menos é o que parecia ser. Dos galãs nacionais só existia um para mim: Eduardo Moscovis. Nossa como achava ele lindo. Era uma admiração secreta, pelo meu perfil de garota do mal. Na escola, eu era a chefe da equipe, a dona da bola de basquete o time começava comigo. Ai de quem chutasse a minha bola.
Na minha cabeça, ter um ídolo era papelão. Por isso me trancava no quarto com as revistas de “girl ten” cheias de fotos de astros gatinhos, se alguém me visse com elas, minha reputação de chefe iria para os babaus. Não sei por que eu era assim, mas era. Gostava de me achar forte só que na verdade eu escondia os desejos de grita Lindooo Eduuuu Moscovis. Todas as outras garotas tinham cadernos com a foto de seus ídolos na capa, o meu era do Lackers. Depois de algum tempo, muitos e muitos anos, já na faculdade, eu relaxei e deixei de ser “the bad” para ser “de boa”, comprei um caderno do Snoop.
Apesar de hoje ainda, achar ter alguns vestígios dessa fase um tanto quanto que nervosa da minha adolescência. Quando levanto em câmera a lenta apenas a minha sobrancelha esquerda e firmo o olhar para o alvo, hum!! Pode saber é um momento de regressão, mas é esse levantar que me segura às mãos e deixa tudo na paz. Pode acreitar estou em paz interior. Sério?!!
A solução de meus problemas em realção ao Ídolo foi um moreno, alto, bonito e sensual chamado Edu Moscovis e, ao mesmo tempo, o acréscimo de mais um problema foi um garto magro, chato, que gostava de futebol com um nome de pagodeiro de mal gosto, Anderson.
Edu me fez ver o mundo diferente, comecei a acreditar que pelo menos existia um homem lindo e lindo que não chutaria bola de basquete. Eu tinha acabado de escolher um ídolo.
Pois bem, tive a única oportunidade de estar frente a frente, cara a cara, olhos nos olhos, com o meu ídolo perfeito e não foi nada legal, muito péssimo, me sentia a piada da estação. Tudo isso é culpa do Anderson que chutou a minha bola de basquete, esse garoto me rogou uma praga.
A história foi o seguinte. Era sábado e minha irmã, sempre ela nas minhas melhores hitórias, foi convidada para entregar a Eduardo Moscovis um presente. Como ela sabia de minha admiração por ele, me chamou. Fomos. Na época ele fazia par romântico com Gloria Pires e eu havia comprado o CD internacional da Novela só pelo fato de ele ser a capa.. ai como eu era louca!!..kkkkkk..era!.
Nooooossa, minha mãe Nossa Senhora, quando entrei já vi de cara ele de costas, ai que lindo, ficou um tempão de costas, mas eu cuidava tanto daquele momento fiquei com os olhos fixos não piscava só para ver a hora exata em que ele viraria de frente. As costas mais lindas de todas as costas deste mundo. Não queria perder nenhum detalhe. Ele usava camiseta básica branca, chinelos e calca gens. Hum!! Roupa perfeita para um encontro de sábado a tarde.
Quando ele virou, ai que sorriso mais Kolinus. Branquinho... estava apaixonada. Eu flutuava naquele sorriso, nem sei o que estavam falando. Era uma entrevista acho. Não sabia do tempo, nada, nada, nada, se bobear nem sabia o meu nome. Para mim estava tudo lindo, aquela distância, o dia perfeito, poderia ir embora. “Será que poderíamos ir ao cinema, é sábado está lotado, todas as garotas vão me ver..kkkk”
Mas não, tinha que acontecer o inimaginável.
Minha Irmã. Olha se tem lógica. Ela conversando com o Homem mais lindo de todo o Planeta, Eduardo Moscovis, teve tempo para me ver e quando me viu foi me dando uma tensão nas pernas, senti minhas bochechas queimarem, dor na barriga, ela começou a abrir a boca e olhando para mim. Conheço o olhar dela, sei quando ela não pensa antes de falar e sai falando tentei parar sua boca com meu olhar esquerdo de sobrancelha levantada, mas não foi o suficiente. Ainda não tinha poderes suficientes.
Gente pensa num lugar cheio, lotado de fãs, reportes, galera da arte, todos querendo falar com o Cara Grego e ele conversando com a Minha irmã e ela resolve me colocar na roda. Quando a vi sabia que iria me dar mal. Ela disse, minto não disse praticamente gritou alto e claro “a Camila quer falar uma coisa para você”.. só se ouvia um silencio, senti todos os olhares para mim. Como sabiam que eu era a Camila? Naquela hora acho que diminui de tamanho na hora. Ele virou com tudo para mim. Não precisava virar eu já estava apaixonada pelas costas. "Por que virou?"
Além de pequena tinha bochechas vermelhas e uma espectativa de que “não... por favor eu não sou a Camila que ela esta se referindo, aliás nem sou Camila”. Ele, Edu, foi tão intenso em saber o que tinha a dizer, me olhou com verdade, profundidade, curiosidade, blabla...dade. Nossa foi forte, tão forte que eu senti toda aquela força e não conseguia pensar em nada a minha sobrancelha esquerda despencou, estava anestesiada, minha boca falou por si só algo incrivelmente ridículo em câmera lenta, bem detalhado, praticamente um soletrando... “Arri Égua!!”..
Não!! Não acredito que disse isso, era outra coisa, mas eu num estava preparada para aqueles olhos. Ai que vergonha. Arri Égua!! Tanta palavra bonita "I Love You", "você é lindo", "sou sua fã", "você vem sempre aqui", "quer casar comigo", mas não eu disse "Arri Égua". O que aconteceu comigo naquele sábado?!! E o cinema?!!
Foi praga do Anderson, ele chutou a minha bola de basquete na oitava série daí eu dei um soco nele na frente de todo a escola e disse “essa bola foi feita para arremessar na cesta não para chutar no gol, entendeu?”.Ai que medo de mim mesma na escola, e foi neste dia que senti pela primeira vez a capacidade de erguer uma sobrancelha apenas. Esse garoto foi a piada da vez durante aquela semana toda e por causa disso, certeza que ele planejou essa praga “um dia Camila eu vou arremessar na sexta para você cair no sábado”.
E foi justamente no sábado em que conheci o Eduardo Moscovis.
Bem esse foi meu encontro com Du Moscovis, quase que ele se apaixonou por mim se não fosse uma praga de um garoto jogador de futebol. Talvez meu nome hoje seria Camila Moscovis.
Kkkkkkk
Abração a todos e de sobrancelha esquerda levemente erguida eu digo
“Anderson.. vai _)@#)@&*%(^&, seu Vi_#)(%)#&(#&^*(&...!, Arri Egua!!”

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Res.: Olá...

Acabei de receber um e-mail. Um e-mail sem meios, totalmente direto, rápido como o avanço da tecnologia, ao ponto, sem muitos adjetivos. Nossa doeu pacas. Não que ele tenha me magoado, mas por ser sincero, verdadeiro e, pior, virtual. Não é que a verdade dói mesmo?!!
De alguma forma ele me fez pensar de imediato para que meu mundo não acabasse em lágrimas, precisava agir “apertar o verde ou o vermelho”. Um e-mail tão direto e sensível deixou a entender que o nível de uma futura parceria apenas diminuiu, mas não secou.
Aquela velha e boa vaga sensação de que “no final do túnel há uma luz, pode ser que seja a do trem...” ou “a Esperança é a última que morre; seu nome não é Esperança é Camila...” e tem também “yesterday is this yesterday, today is this today e tomorrow is this tomorrow e game over é me entrega o controle, agora é minha vez bobão..."
Bem em poucas palavras senti meu coração calar com a secura da garganta. Os olhos úmidos, embaçados em gotas de lágrimas foram fortes e seguram minha dor. Calei por uns instantes e resolvi escrever, não para responder o e-mail, mas para mim mesma.
Ainda penso no mínimo desta esperança, mas sei que é o mínimo. Tenho que buscar a certeza, não posso esperar por uma única chance, vou jogar!!. Há infinitos caminhos para se realizar é só acreditar, ter calma para entender os sinais. Assim como fui capaz de captar um “talvez não” posso encontrar um “certeza sim”.
Eu só esperava este caminho, sei que há outros, mas escolhi o mais rápido, curto, vaidoso, cheio de facilidades. Agora preciso voltar, zerar a fase e começar o jogo. Poderia optar pelo Game Over, já que só falta um “restim” de energia. Será que vale a pena começar tudo?!
Bem, parada não vou ficar. Se não morrer lutando morrerei esperando. “nooooossa!!”..kkkkkkk.. vou pegar minha guitar hero!!
Lógico que não vou morrer é só uma forma de mostrar que a vida também pode ser um Wii Nitendo, escolho o jogo e vou a luta. Na vida, assim como no vídeo game se perder não tem problemas porque é só um jogo, como diria o grande filosofo Bam Bam Bam do BBB1, “FAZ PARTE”. Aliás o BBB é a prova de que não só vida mas a Fazenda também está em jogo.
Abraços,
Puxa vida, tinha que terminar assim.
Este e-mail me deixou muito mal...kkkk

domingo, 1 de novembro de 2009

De cara com o Ídolo!

Como é bom ter Ídolos. E conhecer então?!! “C-a-r-a-c-a-s-!-!-!”... MARAVILHOSO. Eu sou fanática pelos meus ídolos, são vários. Escolho um para cada arte, até mais de um se for preciso. Fico animadíssima quando vou ao show, teatro, festa, de um dos deles. Não sei o que acontece, eu saio de mim, realmente me desconheço nessa situação.
A grande parte dos meus ídolos, tive o privilégio de conhecer. Ivete Sangalo, Rita Lee, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Luis Fernando Guimarães, Ziraldo, Jorge Mautner, Jorginho de Carvalho, Daniela Mercury.. e outros. Para cada um deles aconteceu uma história diferentemente louca.
Quando jovem, precisei de me encontrara na galera, eu já era diferente da massa, então me achei na mãe do rock, pois todo jovem se dedica a uma tribo para se encontrar, eu escolhi Rita Lee. A-m-e-i-!-! As músicas ultrapassavam os meus sentidos e saia dançando loucamente com a guitarra vassoura imaginária “venha me beijar, meu doce vampiro. Ououuu!”. Um dia, me lembro como se fosse hoje, Rita Lee veio a Campo Grande (M.S.) para o show “Marca da Zorra”. P-i-r-e-i-! era muito caro e não tinha dinheiro, na época eu estava dando aulas para um grupo de amigas que haviam ficado de exame na escola. Em meio a uma explicação e outra eu ficava com o radinho ligado participando da promoção para ganhar os convites. Era dia do show e eu não havia ganhado nada, estava muito “D-o-w-n”.
Guardando o material de aula encontro um envelope com uma cartinha e o valor do ingresso do show, dizia o seguinte “aproveite muito e obrigada por nos ajudar. Não vale chorar!”.. nem liguei agradecendo, sai no mesmo instante para comprar o ingresso. Minha mãe falou “não vai ligar para agradecer Camila?”, mãe quando fala o nome inteiro intimida P-a-c-a-s, eu disse que não, iria contar no dia seguinte como tinha sido o meu encontro com Rita Lee. Deveria agradecer com estilo. Fui ao show mais feliz que tudo, Carol, minha irmã me acompanhou nesta empreitada.
Chegando lá, imaginei “vai estar lotado é a Marca da Zorra, um showzão. Como vou fazer para ficar na frente do palco” e fiquei de cara quando vi tudo vazio. Não acreditei. Se tivesse umas 300 pessoas era muito, mas estava ótimo lugar de sobra para curtir e dançar. Para se ter noção do tanto que estava vazio eu corria a grade da frente de um lado para outro, seguia a Rita Lee no palco onde quer que ela fosse. Estava pirada, parecia uma criança.
No final do show, minha irmã falou “você quer conhecer a Rita Lee? Eu tenho um plano...” nem pensei era mais que lógico, vamos ao plano. Kkkkk.. ai ai, o plano era o seguinte:
“está vendo o muro verde que separa nós da Rita Lee, este de 4m de altura? Então, vamos subir nele. Assim que o carro dela aparecer, descemos e ficamos no portão que ela vai sair. Certo? Você vai parar o carro dela Camila”. Irmã quando fala o nome inteiro praticamente é uma f-r-i-a. É como dizer “você vai comer maionese da rua Camila?” vai dá m-e-r-d-a!
Até hoje não entendo o porquê de subir no muro, era só ficar no portão. Mas aventura de fã tem de ter emoção se não... Então fui, estava no muro, o carro apontou o farol, desci o muro, na verdade despenquei dele e já fui rolando para a rua, parei em frente ao portão. O carro vinha e eu parada na frente pensando “ele vai parar e eu entro, fácil” e ele vinha, vinha e cada vez vinha mais “ele não vai me atropelar, eu sou fã” e foi vindo e não teve jeito tive que sair da frente se não morreria. Dei uma esquivada “matrix” e numa visão turvada de fã vi a janela do carro aberta, nossa “vou entrar!” Me joguei com tudo para dentro do carro.
Pausa nessa hora.
Foi uma fração de segundos tudo isso, ao pensar ter visto a janela a aberta, me vi dentro do carro, no colo de Rita Lee, cantando “Ovelha Negra da família não vai mais voltar, não vai não.. nãoo!” E muitas gargalhadas... a cena perfeita para uma fã. E o dia seguinte, ein? Ligando para as amigas. Era bom de mais para ser real.
Mas eu disse “PENSAR TER VISTO A JANELA ABERTA”. A janela não estava aberta e simplesmente ela estava ESTUPIDAMENTE l-i-m-p-a. Eu me joguei com tudo no vidro do carro, meti a testa. Parecia uma lagartixa pregada. Não foi a Rita Lee que me atropelou, eu atropelei o carro. Fiquei tão perto que consegui vê-la fazendo gestos de Rock’roll para mim, eu podia tocá-las com meus olhos, foi lindo e inesquecível. Confesso que um tanto quando engraçado.
Sai correndo atrás do carro toda suja de terra, grama, esfolada com a testa vermelha e gritando R-o-c-k-‘R-o-l-l... R-i-t-a-L-e-e
Agradeço até hoje minhas amigas que me proporcionaram este encontro, literalmente falando..kkkk. Anos se passaram e quando me lembro, tem a mesma emoção. Muitos riem por que é deveras engraçado e contado faço as esquivadas Matrix e tudo mais. Mas o mais importante dessa história e saber que aproveitei esta fase jovem. Curti, criei identidade, participei de uma tribo, ajudei com o português, química, matemática e tinha consciência de não esperar receber por nada que fizesse.
Ser jovem é bacana. Depois muda mesmo, mas muda para diferente nem melhor nem pior. Exatamente como deve ser. Por isso devem-se aproveitar todas as etapas da vida e não passar por elas sem ter nada para contar lá na frente.
Eu continuo gostando de Rita Lee, mas hoje não toparia de frente com o carro dela e muito menos subiria num muro de 4m de altura para vê-la passar, nem de 3m, 2m talvez.
Uma amiga jovem veio falar comigo hoje por isso me lembrei dessa loucura Lee da minha vida. Essa amiga acaba de entrar para a melhor etapa da vida dela e eu a desejo muita alegria jovial.
Nati querida, a-d-o-o-o-r-o-!.
Um beijo grande aos jovens de hoje, dois aos de amanhã e aos de ontem, me liguem!...kkkkk...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

E como Mutante!

Decidi mudar meu visual. Engraçado, toda vez que penso “agora vou fazer que nem daquela vez, ficou lindo!” e na hora sai algo novo, até hoje não consegui repetir sequer um corte e uma cor de cabelo.
Já fui loira em vários tons, depois fiquei de cabelos totalmente brancos, voltei para o natural, pintei de ruiva, natural mais uma vez e agora estou PINK.
Com a minha idade, Pink, só falta colocar aparelho. Pois então, estou sofrendo com esses ferros que me “Fe...”. Uma fome de lascar, mas já estou me adaptando a essa situação.
Qual a explicação “Froidiana” para isso?.. ixxi! Cris vai me tratar agora, definitivamente.
Mas não é um complexo de juventude transviada que se alberga em minha pessoa. Acontece sem eu perceber. Adoro ser diferente às claras; se sou realmente assim para que me esconder? Mostro logo para que vim e quem sou. Às vezes isso é muito ruim, me deixa frágil, mas só de vez enquanto, na maioria eu saio bem.
Hoje por exemplo fui comprar o pó de café no mercadinho perto de casa, não existe café da manhã sem café preto. O mercadinho chama “Gaucho” pelo nome dá para se ter idéia do quanto o dono é internacionalmente tradicional as raízes.
Saio do “fuquita” com minhas guedelhas Pink de doer e que ficaram mais exageradas com o bater dos raios do Sol, meus chinelos rosas, uma cara de quem só levantou e está pensando em acordar só depois do almoço.
Tudo parou, de repente só existia eu. O mundo do gaucho ficou rosa. Todos os olhares para os meus cabelos, nem repararam que ainda estava com os olhos de sono, senti a situação e resolvi andar pelos corredores, mesmo sabendo onde exatamente encontraria o pó de café. Pedi o pão e a moça nem pesou.
Ao sair, não se ouvia nada o som era o mesmo de quando entrei. Silêncio total até de pensamento.
Bem, depois acredito que muitas opiniões se esbarraram devem ter passado o dia falando sobre os cabelos rosa da garota do Fusca vermelho, ou não... foi tão chocante que esqueceram do acontecido.
É engraçado como as pessoas não estão preparadas para o novo. Fala-se tanto em progresso, mas caminha-se em retrocesso. Imagino que muitas pessoas queiram mudar de visual, sair de onde estão, dizerem “eu te amo”, experimentar o proibido, é mais que natural mudar. A natureza muda a cada instante.
Mas o medo de fugir da tradição dos costumes e bla bla bla é o suficiente para bloquear o desejo do novo.
Não tenho medo de mudar o visual, pois é a minha essência. Tenho medo de me arriscar, isso sim. Não é o cabelo ou a minha roupa que faz de mim um ser indiferente, são as respostas decoradas que me tornam um ser comum.
Sou um ser em constante mutação.
“E como Mutante no fundo sempre sozinho
Seguindo o meu caminho...
Ai de mim que sou assim...”

domingo, 25 de outubro de 2009

Há uma Real chance.

Eu me considero a “Menina dos Sonhos”. Não conheço ninguém que sonha mais que eu. Sonhos altos, baixos, rápidos, loucos, de comer e fazer acontecer. Eu acordo sonhando e durmo para sonhar.
Se for para escolher, sempre parto para o caminho do sonho curto, para não perder tempo. Se depender de mim é para ontem. E “F-o-i!”
Mas todo sonho, além do prazer de realizar ele tem dentro de si uma esperança.
O sonho e a esperança praticamente andam juntos. Não existe um sem o outro, pelo menos é o que penso neste exato momento. Sonho é o que se deseja.
Estou falando sobre isso por desabafo, pois estou no meio de um sonho de vida, o desejo de sempre. Que nem casamento você escolhe o marido, namora e vai para o altar. O meu não chega a ser um casamento de corpos é muito além, pessoal, sabe a caixa de bombom para comer sozinha? Isso.
Dentro deste sonho tudo parece estar dificultando, ao meu ponto de vista, até o latido do cachorro atrapalha. A minha volta só existe eu e ele, nada mais. O mundo ficou pequeno, a hora mais lenta com o badalar dos ponteiros, mas em compensação os dias estão super, mega, top agitados. Transformei-me numa criatura insuportável de chata. Qualquer coisinha, por menor que seja, bla bla bla... “vai roubar para ser preso, meu camarada.”
Até ontem estava em crise com essa história “Puxa meu sonho está bem ali, ali na porta daquela pessoa, depende dela e não de mim. Por que essa pessoa não reage, realiza logo? Dá-me essa alegria...”. Em meio essa crise existencial resolvi me abri com uma amiga virtual e ela me aconselhou “ligue para essa pessoa e pergunte se há a REAL chance de isso acontecer, pronto.”
Simples não?! Não mesmo. Com que cara de voz eu vou ligar para essa pessoa? O sonho é meu e não dela. E se ela disser não? Eu quebro as duas pernas.
Bem, o que quero dizer é muito simples e veio para mim num momento de maior concentração feminina, preparando o almoço, que por sinal ficou ótimo, e pensando na REAL chance. Acredito com toda força nele, sei que será para o bem, pois é o que desejo. Então não quero quebrar as minhas pernas.
Ai entrou a questão – Esperança.
A esperança é o alimento do sonho, não basta sonhar tem de acreditar e focar. A cada passo crescer juntos. Quando se alimenta um sonho de esperança ele ganha vida pode durar o tempo que for e terá brilho, pois como diz o velho ditado popular “a esperança é a última que morre.” Por isso não corra demais, seja sempre a última. Tenha paciência.
Eu havia me esquecido disso, mais uma vez o Senhor Tempo testando a minha força, a minha paciência. Há alguns anos, quando minha irmã ficou doente eu disse para um Grande Amigo meu, um Ser de infinita Luz “realize meu sonho de ver entrar por aquela porteira a minha irmã, que amo muito.” E foquei naquilo, era copa de 2006. Tudo estava lindo, pois acreditava fielmente em meu desejo mesmo quando a médica disse “Só Milagre.”
Havia uma esperança e o caminho se chamava Milagre, confiei nele plenamente. Se for isso então será. Concentrei todas as minhas energias neste amor e firmei as forças com alegria no olhar. Nem percebi o passar de 2 meses e lá estava abrindo a porteira para que o sonho realizasse por completo. Foi o momento mais lindo da minha vida. Esse foi! Perdemos a Copa daquele ano. Isso não foi nada, o tempo cura e milagres existem.
E agora me vejo desesperada para um sonho “baixo” comparado com o Milagre. Como pude me esquecer do que passei?! Ainda bem que sou mulher e faço comida. Está explicado a nossa superioridade intelectual perante aos homens.
Não importa o tamanho do nosso sonho devemos alimentá-los todos os dias e termos a paciência de aprender com ele. Há um tempo precioso dentro do sonho que nos leva para o caminho da evolução espiritual.
Um sonho só se realiza quando estamos pronto para abrir a porteira.
Obrigada querida Anna por me lembrar que ainda não estou REALmente pronta.
Obrigada Meu Amigo de infinita Luz por não me deixar esquecer-se do valor da Vida.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um Bar cheio de Firulas!!

Ontem fui a um Bar. Não um bar comum desses de esquina de “b” minúsculo conhecido por “buteco” era um Bar de “B” maiúsculo, divisor de quadra, ou seja, nem numa esquina nem na outra, exatamente Bem no meio. Um Bristrô, para falar Bem a verdade, todo Bonito, com Bufê, cheio de Badulaques, com pessoas BamBamBãs vestidos a caráter nada de “La vonté” com camisas de times, cheio de “Firulas”.
Mas eu estava de Butuca. Não sou contra esses tipos de Barezinhos, até gosto de conhecer as novas formas de diversão, me adapto ao lugar, porque acho importante participar dos ideais. Para ser crítico pelo menos tem de entrar na roda.
À primeira impressão pensei que iria me divertir, pois logo na entrada um grupo de Clowns estava “tentando interagir” com os clientes daquele lugar. Vou chamá-los de Bufões para adequar ao Bar.
Era uma noite de lançamento de um livro e os convidados estavam sendo convidados para se divertir a convite dos donos da festa. Os donos da festa não são os donos do Bar.
Algumas pessoas presentes foram exatamente, assim como eu, para o evento e as outras, pelo Bar. Fiquei com a cara de (?).. mas enfim, não era um Bar comum, lembram?! Era um Bar divisor e como de previsto o seu público também era de ser.
O fato é que o tal grupo de bufões “Desnudos Del Nombres”, no entanto “Vestidos de Alegria” não conseguiu se apresentar. Quatro convidados não se sentiram bem com a presença dos sem nomes e para isso ameaçaram a pagar uma bagatela para que parassem ou iriam embora.
Seria, talvez, uma inveja da forma de como se vestiam ou o tamanho de nariz redondamente vermelho que os “Palhacinhos” usavam? Foi um verdadeiro bafafá, pois afinal muitos ali esperavam a apresentação especial daquele grupo.
Tenho para mim que o mundo está muito sério, não se rir mais a toa. Acredito que para aqueles “4 clientes” o fato de ontem, hoje, causam-lhes prestígios de poder. Devem ter dormido Bem e acordaram fortes, felizes com a desgraça dos outros, do Maradona, da bolsa de valores e outras coisas fúteis. São públicos de “Caras”, seguidores de “Domingões” monótonos numa caixa preta, de tela plana e que não passa de um chato “Fantástico”.
Os palhaços não podem mais fazer rir, aliás, eliminem os palhaços de narizes vermelhos com roupas remendadas. Só valem aqueles que usam roupas de grife, ternos pretos, óculos de play boy, narizes estéticos, maquiagem da Mary Kay e tenham horário nobre em rede nacional. Para eles pagam-se cachês altos e vale até fazer piadas de seu público.
Eu acordei hoje chateada. Onde será que o tal “Desnudos Del Nombres” está? Qual será a próxima sessão?
Talvez numa esquina em qualquer lugar. Num bar sem muitos b-a-bás.
Como diz a minha irmã “O mundo estaria melhor se não tivessem inventado a borracha, tudo estaria certo e permitido”.
Obrigada.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Destruir para construir. Como assim?

Eu sou uma pessoa que está sempre fugindo do que leva todo mundo para o mesmo caminho numa velocidade desnecessária, com os nervos alterados, um relógio em atraso, sons de orquestra desafinada, ou seja, eu não entro no trânsito. Faço o meu caminho, busco atalhos para chegar, eu mesma, onde quer que eu vá intacta.
Pois bem, nos últimos três dias estava eu numa rotina dessas, teria de ir para o mesmo lugar durante esse período num mesmo horário. Não. Não é um emprego, pior, tratamento dentário. Outra aversão minha. Por que os dentistas doem?
Eu descobrir um atalho, um caminho que vai da minha casa para o destino dentário com o privilégio de uma paisagem natural, com rios, ponte velha de madeira, árvores de muitas idades, alturas, vidas, caminho de terra em plena cidade. Um verdadeiro atalho até certo ponto.
Atalho é o tipo de rota que me atrai. Um convite para o maravilhoso “descubra onde isso vai dar” e “decore o caminho de volta” uma aventura que se assemelha a ter um fusca. E eu tenho um 1976 vermelho. Adoro atalhos tanto quanto o meu “fusquita Juaninha”. Então, quem quiser se aventurar, vai algumas dicas minha:
1° se você tem um fusca é necessário carregar uma chave de fenda, uma lanterna e 3 bananas. Nada mais.
2° se você está num atalho é sempre bom ter um celular com bateria, se tiver dois melhor, água, tempo de sobra, tanque do carro cheio e algumas bananas. Nem pense no Google maps, ele não conhece atalhos.
3° se você estiver de fusca num atalho, além do necessário, é bom levar uns trevos da sorte, umas folhas de arruda e estar em dia com os caras lá de cima. Vai precisar sorte.
Mas o atalho que me refiro ter enfrentado, até certo ponto ele era um convite para o misterioso “como vou me sair de onde entrei?” tava tudo bonitinho com seus diferentes tons de verde, mas ai começou a surgir outros movimentos na estrada.
Caminhões descarregando entulhos - esses que tiram o lixo do lugar visível a todos e jogam em lugares invisíveis de todos e ambos vividos por todos, com diz uma pessoa que conhece “O Tudo é um Todo” -, tratores da modernização que levam homens a destruir o que irão construir. Era o caminha da modernidade chegando.
“Desculpe pelo transtorno. Estamos trabalhando para o seu bem”.
Que bem? Bem, só se for do político e do futuro do político. Encher de piche o caminho que leva a minha casa ao dentista é para o meu bem? E quem falou que isso vai ser melhor para mim? Agora vou chegar como todas as pessoas chegam ao seu destino, desembarque.. Nervosa!! Já não me bastasse o som do consultório dentário agora tenho que fazer parte do “Todo”.
Pois bem, então vão começar a colocar piche no caminho das águas da chuva, nas geleiras das montanhas, nos “Iciberg” dos pólos norte e sul, e os desertos, vulcões, as raízes das árvores, das gramas, da vida.
Digam-me: “como a natureza vai reagir ou será que já está reagindo?”
Deste cenário que vivi nestes últimos três dias de expectativa esperava que, assim como as águas, o moderno contornaria o caminho para se preservar o passado. Uma ponte nova ao lado da antiga e talvez a primeira ponte de madeira daquele lugar para mim representaria um novo que quer mudar e sabe o quanto é preciso preservar. Mas ver todas as árvores de raízes para cima foi como se o tempo continuasse atrasado para Tudo e se não bastasse o “tudo é um todo”.
Bem ainda tenho um longo tratamento dentário e espero encontrar outro novo atalho, mas ai será segredo meu e de meu “Fusquinha Joaninha”.
Abraços.

domingo, 4 de outubro de 2009

Deus abençoe Marcelo.

Nasceu Marcelo, olha que coisa mais linda.
Marcelo, primeiro filho de Ivete com seu marido Daniel, como todo bom baiano, estreou no dia 2 de outubro dia do anjo da guarda. Um garoto que esbanja saúde com 4kg e 52 cm, que maravilha, ein? Isso por que ainda é uma criança. Quando cresce... Ai mamãe!!
Pois então, não poderia deixar de comentar essa alegria. Eu, como uma admiradora de Ivete Pessoa, Ivete Profissional, Ivete Sangalo, Ivete por Ivete e agora Ivete Mãe. Essa mulher que mudou a minha vida, só eu sei. É segredo meu e de mais ninguém... kkkkkk.. ela a grande responsável por esta minha maneira de viver e ver. Só eu sei!.
Desde a notícia de sua gravidez eu sabia que era um bacuri, ela estava com cara de mãe de molequinho. Imagino o coração dela reluzindo de alegria por este presente de Deus. Um sonho real. Parabéns Ivete.
Diz que, Marcelo é proveniente de Marte, bem o que isso quer dizer não tenho a menor idéia para mim é proveniente da mãe. Mas por um lado do planeta, o lado mais claro da questão, é uma pessoa que “confia na sua capacidade de contornar as dificuldades enfrentando os seus problemas com serenidade e paciência. Geralmente se dá bem!” (isso eu encontrei num site de nomes, não me lembro o nome do site..., mas o google sabe).
Ata, agora entendi!! por isso temos os bens sucedidos: Marcelo Tas, Marcelo Adnet, Marcelo Faria, Marcelo Camelo, Marcelo D2, Marcelo Rossi, Marcelo Rezende, Marcelo da 5º séria que puxava o meu cabelo, vários tipos de Marcelos e o mais novo Marcelo San Galo.
Mas o que quero dizer vai muito além do significado do nome e da comparação com os Marcelos de hoje. O nascimento, a chegada de uma criança na Terra é o renascer da esperança. Eu que há 32 anos vivo neste mundo real procuro cada dia ser a mais próxima do desejo de meus pais, e quando digo pais também me refiro a Deus, e cada dia enfrento novas dificuldades, pois cresci e isso é muito complicado. Estar diariamente buscando um melhor para o bem de todos, não se preocupando com o tamanho da ação, mas sim, com a verdade dela não é fácil.
Desejo não só aos Marcelos, mas também aos Josés, as Biancas, Anas, Marias e muitas outras futuras crianças muitas felicidades e proteção que venham ao mundo, abençoadas e comprometidas com a paz mundial. E tenham certeza de que não é tão difícil assim, porque quando nascemos não criamos guerra, mal sabemos lutar, são os adultos que deixam de ser criança e param de brincar. Se for mantido e preservado o sentimento de nossa infância na vida adulta o mundo será outro.
Eu acredito no futuro melhor porque acredito na força do sentimento da criança.
Parabéns a todas as novas mães.
Deus abençoe,
Obrigada.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Passa a Digital! Ham?!! (seu jeito de voar é o seu limite de pensar)

Tenho falado aqui em meu blog de muitos assuntos: viagens, família, amizade, pensamentos. Enfim, e sempre procuro fechar com uma idéia toda positiva, cheia de “Love is the Air”, mas na verdade nem sempre o arco-íris é colorido.
Hoje vou contar uma história cômica e patética ao mesmo tempo. Diria que é engraçada porque me divirto até hoje contando nas rodas de prosa e sem graça pelo fato de no dia do acontecido eu não entendia nada e fiquei pagando mico para mim mesmo quando que teria de pagar para a situação. Situação ou uma roubada, literalmente falando?
Pois então, sabe essas promoções de vôos em que as loucuras sem destinos, o espírito de liberdade, o seu jeito de voar desperta e você se vê só indo para um mundo encantado. Então, exatamente tudo isso que digo nos textos quando me apaixono por uma cidade, mas nem sempre são flores. Lembra do arco-íris na TV preta e branca!
Na minha segunda ida a Salvador, minha Terra, não foi como a primeira vez. Na primeira eu estava com uma saudade contida há 20 anos, praticamente uma turista soteropolitana... as portas se abriam eu ficava, “olha o pelô” e saia dançando “todo menino do pelô sabe tocar tambor”.. cada volta um “olha ali!”, “ai que lindo”. Tudo era novo, apesar de estar ali anos e na minha memória também, mas vá lá eu estava com saudades e era setembro, mês que fico tonta em dobro.
Da última vez não foi tão assim, era maio. Eu estava consciente de que iria só para relaxar, ficar na praia, tomar água de coco, curti uma lua em Itapuã, sabe coisas de turista de segunda viagem. Para começar marquei de chegar ao sábado para pegar o almoço já chegar pela cozinha. Já entrei na primeira roubada, mas pudera eu tudo que entra pela boco sai por onde?
Vou abrir um parêntese aqui só para explicar um pensamento. Moro no Mato Grosso do Sul, terra do gado, da soja.. Uma economia Agropecuária que move o Brasil e salva o Paraguaia (vida longa ao Shopping China) – com todo respeito. Aqui só se vê terra, boi, touro, vaga, soja, verde, natureza, calor e mais um boizinho ali e, gente, pode por mais gado neste rebanho. É muito!
Ai, vocês acreditam que assim que cheguei em Salvador me levaram para fazenda?!! Tudo bem só sábado e domingo, segunda já tem praia, rápido.
To bom. Lembra-se do arco-íris no mês de maio só tem duas cores?!! Peguei uma virose, PQP.. Não tinha sorriso em meu olhar, pensa numa dor, numa vida de rainha do gado, “Rainha do K-gado” praticamente. Doía até a oitava geração, nunca tinha sentido uma cólica de ajoelhar o reinado. Pensei que o mundo ia se acabar em Mer.. na minha Mer..
E vocês pensam que na segunda-feira teve sol?! Não! Choveu e muito. Quando chove num dá praia... Tem de esperar dois dias para o mar limpar de toda a água que desce do asfalto, mas eu diria estar no lucro nesta ocasião, pois tinha de me livrar de um reinado.
Na quarta-feira eu estava ótima e fiquei melhor ainda quando vi o sol, vai dar praia antes de ir embora sexta. “Hipe hipe uha!”. Caracas se via alegria até vigésima geração, fui toda fogosa, me achando a rainha do arco-íris uma Shirra que acabara de derrotar o chefão dos vilões Hordak... Kkkkk.. E lá estava eu em Itapuã branca por ser rainha, seca por conta do k-gado, mas nem ai para a o mundo para mim aquela praia tava valendo mais que tudo, fiquei até cega, surda, muda. O bem vence o mal e espanta o temporal.
Mas lembra, o arco-íris e ainda era mês de maio, faltavam dois dias para ir embora. Até então a minha maré num estava para peixe, mas na minha cabeça a “Zica” já tinha ido, só que não. Eu ainda tinha mais 48 horas de “inheca” para me liberta. Que coisa?! Será um seriado?!
Foi que surge um novo personagem na minha mini-série. Um cara, mal vestido, mal encarado, mal esclarecido, maldito para falar a verdade interrompeu o meu lazer de lagartixa do mar para me roubar. Chegou, sentou na minha canga do Brasil que estava sobre as pedras e disse “me passa a digital”. Gente, fora se série eu fiquei parada olhando para aquele cara, sem atitude, pasma... na minha cabeça só pensava “o que esse cara vai fazer com a minha digital? Se ao menos tivesse pego a identidade”, “meu pai vai me matar se eu voltar sem dedo para casa!”.
Noooossa, momento de terror e cada vez que eu ficava parada olhando para aquele sujeito ele falava mais e mais e eu na nem ouvia estava surda, só via sangue na minha mão. Era o meu dedo na roda! Não sei o que ele pensou de mim, mas só sei que partiu sem dizer nada, sem levar nada... meus polegares onde estão? Aqui estão!
Fui entender que a digital era uma máquina fotográfica quando uma moça da barraca de água de coco falou. Ai Flash Back, “que situação em meu rapaz?”. O que será que ele pensou que eu pensei? Por que eu pensei muito além da realidade, praticamente viajei na minha viagem.
Agora venha o mundo evolui, esta investindo em todas as áreas do emprego e desemprego. Então depois dessa experiência resolvi ficar na casa de minha prima e esperar sexta-feira chegar. E voltei de uma ida muito louca num mês de maio em Salvador.
Tudo isso por conta “Ham!” o jeito de voar.
Pela atenção, obrigada!
Os.: a tal digital eu ainda usei como pagamento de uma conta... Kkkkkkk... rendeu na minha mão a digital.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sem TMP?! é sem TEMPO.

Já perceberam que quando sobra um tempinho para fazer algo fora da rotina, acontece algo inesperado e não acontece, aliás, nem sentimos?... Logo o tempo se ocupa com outra coisa e lá se foi o “tempinho”.
Ultimamente tenho recebidos e-mails diversos sobre isso. “Ame enquanto é tempo”, “Arrume um tempo”, “Dedique seu tempo”.. e mais tempos. Será o fim dos tempos? Se a gente ocupar muito o “tempo” pode ser que de fato ele desgaste e acabe.
Tenho várias amigas, amigos. Eu sou amiga pra Kralho (desculpa o termo, até escrevi errado para melhorar) do tipo com letra maiúscula, meu lema é “amiga é amiga e FDP é FDP”. Esses dias foi meu aniversário, até comentei sobre esse amor por ficar mais velha aqui no meu blog, e sei das infinitas formas de se parabenizar hoje e baseada nisso, preparei a área para tentar vencer o contra tempo, mas não teve jeito os tempos mudaram.
Um dia antes entre no meu Orkut e limpei todos os recados só para receber parabéns e depois responder um a um. Mas na verdade a intenção era quantos iram me ligar e quantos iriam deixar um scrap...kkkkkk.. Lindo isso né? SMS, MSN, scrap, TCC, e-mail, CD, LCD, DVD, NX0, MP, INSS, FGTS, PIS, RG, LULA, TMP, CPM o mundo em siglas, nem falar por completo a gente fala mais. Pois vocês acreditam que recebi 168 mensagens de aniversário, tenho mais de 400 amigos, e 7 ligações, nem vou falar quantos tem meu telefone. Mas a questão não é a falta de ligar se não estaria me condenando pois sou do tipo "NPL" (Não Preciso Ligar).
Minha vó ligou um dia antes por medo de não conseguir, minha madrinha praticamente me acordou, uma tia ligou do celular ao sair do trabalho, minha patroa... kkk.. Ainda bem! De quebra já me deu obrigações.. e três amigos de “forever long time” (sei lá o que isso quer dizer, mas é para sempre).
Esses três amigos são do tipo“VSE” (Você Sabe que Existo) então, “NPL”. Esporadicamente ou precisamente duas vezes ao ano nos falamos uma no meu aniversário outra, no deles.
Sei que o tempo é a maior desculpa utilizada para justificar algo que não precisa ser justificado. “Ah! Desculpe, sei que não tenho tido um tempo para nós, a vida está corrida”.
Sabe o que penso?! Não existe isso, pensar em contratempos, lamentar por não fazer algo e outras coisas que ficam “bulindo” em as idéias. Esqueçam o tempo, deixem ele se virar, viver sozinho e cuidem de si. Se para ser feliz, viver melhor é preciso ver alguém, vai, ou se estar bem é ler um livro, pronto.
Deixe o tempo para conhecer e não para confundir o seu sentimento. Há sempre um outro lado percebam a lua ela tem o lado claro e o escuro, porém não tem luz própria, está no mesmo ritmo há quantos mil anos, inspira os poetas, explorada pela NASA, protege São Jorge, faz sombra tenebrosas, antes de se esconder encontra um jeitinho de sorrir, longe solitária num universo infinito, e sem telefone, celular, e-mail, e QNV? (Quem Nunca Viu?), ela vem sempre visitar.
Você sabe em que lua está?
Pois então, estar em pensamento bom com alguém que gostamos é o mesmo que estar AF – “Aquece o Frio”, mesmo que esteja ausente porém não distante, por que longe é apenas a medida do espaço de um ponto ao outro. O sentimento do bem abraça e rompe barreiras.
Um Beijo Cris, e para muitos outros amigos VSE.
Cantem Caetano "Tempo, Tempo, Tempo entro num acordo contigo".

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Estudar para ser Doutor.

Quem nunca quis ser médico e advogado? Já repararam nisso? Quanto mais crescemos desconhecemos o nosso futuro. Nunca vi ninguém dizer que vai ser “auxiliar de contra regra” ou “sapateiro, vidraceiro, pipoqueiro”. Todo mundo quer ser doutor. Pufs!! Eu já entrei nessa. Cinco anos de medicina.
Cinco anos entrando numa sala de vestibular e vendo 80% dos candidatos do ano anterior, sabia o nome de cor já. Tinha um tal de Carlos, já estava lá quando comecei o meu caminho, durante todo esse tempo de tentativas estava ele lá com seus cabelos cada vez mais grisalhos , desisti e Carlos continuou. Fui fazer Educação Física e no meu último ano da faculdade quem encontro de jaleco branco, poucos cabelos e muitos livros na mão?! Futuro Doutor Carlos.
Feliz de vê-lo me sentei e fiquei olhando para aquela figura carimbada de vestibular para medicina. Praticamente, por alto, ele deve ter tentado uns 10 anos. O que tanto mais ele precisaria saber para entrar, por que a demora?
Vendo pelos corredores, sorrindo, combinando com aquele jaleco branco gelo, uma aparência de professor, porém aluno me fez pensar na paciência que o tempo tem conosco. Puxa vida, acordamos acelerados, sem tempo para isso, para aquilo, mal entramos no carro já ligamos o celular.
Vivemos para correr, arrisca ali se num dá certo.. larga mão. Fazemos aquilo outro e se deu errado a culpa é da falta de tempo para fazer com calma. Não que eu me arrependa de não ser médica, não..., mas aquele homem deu tempo ao tempo, talvez, agora, estivesse preparado para ser um médico.
Quantas vezes estamos despreparados e ainda sim arriscamos errar? Muitas! Concertar é a questão.
Na minha 5° série eu reprovei a mando de minha mãe. Posso falar isso com segurança, sem problemas, ninguém vai questionar até porque ela tinha razão. A secretaria da minha escola havia errado a nota no boletim final, deu como se eu tivesse reprovado, minha mãe foi conversar com o meu professor de higiene e saúde (nem existe mais essa matéria, acho até que só teve aquele ano) para ver a prova. Ele ficou assustado em saber do acontecido e afirmou eu ter passado, mas minha mãe ainda sim quis ver a prova.
Mãe é mãe. E nem examinou direito, mandou me reprovar. Meu professor ficou assustado, “como?!”. Ela sem muitos adjetivos disse “Camila não está preparada para passar de ano”. Agora pensa eu, em casa, esperando minha mãe chegar com a notícia boa e me vejo naquela situação de “Nãooo, a Senhora fez isso?!” e sem poder reclamar. Reclama para ver.
Hoje me vejo, olhando para trás e se não fosse a 5° série, os cinco anos para medicina o que seria de mim?
Temos mania uma de achar que nunca vai dar para fazer, sempre algo vai impedir um acontecimento. Mania de “misere” somos pobres de esperanças, sonhos, desejos, planos, criatividades. Assistimos Tv demais e Teatro de menos. Lemos muitas receitas e poucos livros. Apegamos-nos a matéria e esquecemos-nos do espírito.
Não sabemos esperar e por isso estmos sempre atrasados.
Carlos se forma este ano. Que seja um ótimo Doutor na mesma proporção que eu sou feliz.
Obrigada Tempo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Não nasci ontem, nasci em 21 de setembro de 1977.

Daqui 7 dias é meu aniversário, vou para casa dos 3.2 anos de vida. Um ano novo, parece que já estou sentido, mas não sei o que fazer.
Cresci e mudei.
Mudei muito, onde que já se viu eu dias antes de meu aniversário não organizei uma festa, não preparei a trilha sonora, o tema, a “comilança”, a lista de convidados, a garagem? não estou acreditando. Está certo que ainda me restam 168 horas, dá tempo.
Eu sempre procuro marcar minhas idades. Com 10 anos decidi ser a versão brasileira da "Levada da Breca". Lenço vermelho amarrado em uma das pernas e na outra a calça Jens era dobrada até o joelho, usava uma jaqueta verde e era dona da bola de basquete. Ser dona da bola é que nem ser a voz maior da galera, eu comandava e esse reinado durou muito tempo até chegar a hora de crescer e entrar na faculdade.
Ai a questão não era festa de aniversário e sim comer apostilas, livros, equações, funções, tabela periódica, leis da mecânica, da inércia, do movimento, solução líquida, gasosa, metano, etano, álcool gel, tangentes, catetos, hipotenusa, triângulos eqüilátero, retângulo e das bermudas, revolução Francesa, Industrial e do, se existisse, pré-sal. Tanto é fato que ganhei de 15 anos uma escrivaninha.
Agora me diga para que estudar tanto se tudo se resolve na regra de 3?
Não entrei no primeiro vestibular também pudera precisava de muito tempo para estudar tudo aquilo, e outra a escrivaninha era muito linda. Até a oitava série - hoje esse tal nono ano, na época de minha mãe colegial e acredito que na de meu neto será outro nome - a gente se concentrava em saber ler, escrever direito e jogar basquete. Ser jovem, paquerar, matar aulas e coisas que me dão saudades.
Pois então, 20 anos decidi ser voluntária... entrei em várias. Onde existia um lugar precisando de ajuda eu estava lá, talvez existisse a idéia inconsciente de que se eu ajudar um receberei um ajuda em troca, imagine se eu ajudar o máximo que puder, não precisarei decorar a tabela periódica. Feito!
Entrei na faculdade dois anos depois, num é que deu certo. Mas nem por isso deixei de ser voluntária, pois lógico agora eu teria de me formar. Então entrei em mais ações sociais. E funcionou de novo, me formei quatro anos depois.
No ano seguinte resolvi aprender a tocar violão... parei, mas ainda tento tocar. O problema não é quando toco e sim quando canto...
Com 28 anos fui morar só e longe. Péssima idéia, mentira, não foi tão horrível assim, até tenho saudades... dos amigos, do silêncio, o apartamento com móveis de papel que eu pegava na livraria da frente de onde trabalhava, pofs de pett, quadros de pôster de cinema. A poltrona do papai era a bóia Pink. Foi um ano maravilhoso onde me conheci, apesar de sentir uma saudade “Piiiiii” da minha família, foi sem dúvida uma ótima idéia.
Em 2006, quando tinha 29 anos eu voltei para casa e foi o ano em que conheci Deus. Já o conhecia, mas agora ele veio em prova de milagre. Minha irmã Carol ficou muito doente, 45 dias em coma. Aprendi a rezar com muita fé, de olhos fechados e vendo a luz do Espírito Santo, acreditando fielmente que milagre existe e existiu. Hoje dói quando me esqueço deste tempo, não posso e não devo. O problema era outro, aliás, nem havia, tudo era motivo de esperança, alegria e paciência. Carol está aqui conosco e muito bem.
Foi tão bom que resolvi, aos 30 anos, pintar meus cabelos de brancos, tirar carteira de motorista, me tornar produtora, mais voluntária, rir da vida e cantar bem alto tocando violão. Montei até uma banda, “Os Pernilongos” e num é que fizemos 4 shows!!...
Hoje aos fins de meus últimos 31 anos me sinto maravilhosamente feliz. Descobri que gosto de escrever, tenho um blog com seis seguidores conhecidos – considerando que destes um sou eu mesma e outra é uma mesma pessoa duas vezes - e alguns desconhecidos, isso me deixa bastante feliz. Sei que posso publicar um livro, ou até mais. Tenho um fusca vermelho..liiiiiiiindo que funciona. Um emprego e várias oportunidades, muitos amigos, um coração quieto mas que sente uma alegria imensa em poder bater.
Hoje me sinto a soma do que fui todos esses 11’160 dias e isso é motivo suficiente para festejar. Me desejo mais 11’160 dias de puro amor a vida.
Parabéns para mim de mim.
Obrigada meu Deus
E para vocês meus seguidores tenham todos muita algria 3 vezes ao dia: de manhã, de tarde e de noite.

sábado, 15 de agosto de 2009

"o opostos se distraem e os dispostos se atraem" (O Teatro Mágico - Fernando Anatelli)

O silêncio com meus pensamentos e idéias do que já li, reli e vivi, fez-me acreditar fielmente de que sou 50% de uma criação. Num Todo de mim mesma eu sou metade.
Como assim? Ficou louca?
Louca sim, porém 50%. Menos mal.
Ninguém precisa acreditar inteiramente nessa teoria, até porque, para mim, cada um é 50%.
Bem, sou fruto de um sentimento verdadeiro entre meu pai e minha mãe, de um carinho cuidadoso no ventre materno por nove meses e uma educação criativa e renovada anualmente, por enquanto, há 31 anos.
Ao longo desse tempo, posso dizer com certeza, que tentei a felicidade, a fé, a força e todos os “eFs” da vida por 100% de dedicação própria, mas não conseguia. Se não existe a mão do próximo ao meu lado contribuindo no remar do barco para a mesma direção, não sairia do lugar.
Dentro de nós existem os opostos que se distraem. Alegria e tristeza, esperança e ilusão, verdade e mentira, força e fraqueza, ódio e amor. Todos nos conhecemos quais são as nossas “ações” para o bem e as nossas “reações” para o mal, como a terceira lei de Isaac Newton diz: “a toda ação corresponderá a uma reação de mesma força, intensidade, direção, porém de sentido contrário”.
Surgimos de uma soma de divisões e crescemos somando para dividir. A metade de cada um de nossos sentimentos tem de estar prontas ao seu máximo para que quando unidas ao próximo seja 100%
Que próximo? A cara metade?
Cara metade, o próprio nome diz. A outra cara disposta a completar a sua metade. Há inúmeras caras, coroas, opções prontas a espera do sentimento uno. Se eu opto por me sentir completa ao lado de minha família, massa. Encontrei o 100% da vida.
Porém não posso deixar de buscar a experiência em outras famílias, a metade de outras partes. Tudo somado se multiplica. Vivemos em constante progressão e numa misteriosa busca pelo completo.
Sejamos conscientes do real peso de nosso sentimento somado ao próximo.
Obrigada.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eu só Rio.

Não consigo me lembrar exatamente o momento em que me apaixonei pela cidade, até então imaginária, Rio de Janeiro. Quando muito nova, conheci pessoas cariocas e outras com destino de férias Rio e isso me fazia imaginar os movimento carioca, as cores das roupas, o cheiro do mar, enfim, cada vez mais aumentava esse mistério de amor e desejo de conhecer a tal sonhada cidade maravilhosa.
Talvez tenha algo a ver com a cultura exagerada que se tem nela, ou a história de sua luta pela preservação do remédio da vida - a alegria.
Bem, o carioca é um ser mais que humano, receptivo, doador, isso até cego vê está nítido. Mas eu ainda não conseguia imaginar o agrupamento das esquinas de Copacabana e Ipanema, a ligação do Rio com Niterói, os poetas de bares, o teatro em Luz e Cena, o azul de céu no mar, a música que se ouve do alto dos seus prédios históricos, era tudo muito distante.
O desejo de estar na cidade do Rio sempre foi forte. Algo me dizia “ainda vou me casar com Ela”.
No dia 19 de julho de 2009, surge, então, o primeiro momento que definiria todas as sensações e determinaria os sentidos. Algumas horas e estaria de encontro com o imaginário. Tudo estava pronto para ser real e eu fui com medo de voar e chegar. O medo de amar tem a ver com perder.
A primeira vez que eu vi o Rio, não se via nada. O céu estava coberto por uma nuvem de tempestade. Isso me deixava cada vez mais com desejo de passar pelas nuvens e a turbulência era imperceptível, nem me dei conta do medo. Estava com olhos fixos na janela em busca de uma pontinha visível de cidade, mas as nuvens e a chuva aumentavam aquele mistério.
Foi quando, como um sopro de segundos, tudo ficou nítido. Pude ver a Baia de Guanabara, “uau...” era real, eu estava por cima das águas, das ruas e avenidas, casas... O Rio inteiro aos pés de meus olhares detalhistas. Apaixonei-me mais uma vez, mas agora era de fato.
Fez-se dentro de mim uma tempestade de alegria e eu chorei sem que percebesse. A primeira vez que vi o Rio ele parou de chorar e sorriu para mim e eu de alegria, chorei.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

“Scream” – Michael Jackson.

Há alguns dias tenho buscado escrever algo especial para uma pessoa que marcou pelo... O quê?! “Black or White”?! não pode ser...
Não encontrava uma só palavra exata capaz de traduzir, eram várias. Porém muitas delas poderiam causar dúvidas, mudança de pensamento e por fim quem já não conseguiria transmitir o sentimento ideal era eu. Seria “Bad”.
Fui atrás de biografias, internet, televisão, o que meus amigos lembravam-se do astro. Era o assunto da vez, também por lógica, morreu O Rei do Pop. Não é o tipo de assunto que cansa, mas acredito que de alguma forma cansou. Será que é assim? Quando o ídolo morre, desvendam seus mistérios aponto de quererem matar de novo? Que “Triller”.
Às vezes fico pensando: “aonde se quer chegar, maltratando desse jeito? O que de melhor vai acontecer no mundo descobrindo quem é pai, mãe, filho?” “Billie Jean”.
Sempre pensei que a morte fosse fácil, morreu, enterrou, vida nova para quem fica e para quem vai. Agora ficar remoendo como um nervinho de carne mal passada, não dá. São poucos que comem nervinho. Tem de ser diferente a notícia tem de mudar. É preciso “Heal the Word”...
Lembro-me muito de Michael nos palcos, dançando, cantando, portador de uma luz própria. A sua infância já traçava esse caminho. Quando dançava parecia estar acima do chão. O engraçado era tentar imitá-lo, “nossa, parece fácil, vou fazer”. Quantas incansáveis tentativas de chegar à perfeição do famoso “deslizar de costas”. Bem, acredito que uma das coisas mais importantes a se guardar deste ícone é “Beat It!”, com ela se pode seguir adiante mesmo indo para trás.
Não quero fazer crítica, nem politicagem, muito menos aumentar o sofrimento daqueles que de fato amam o ser humano, Michael Jackson. “Cry”!!
Que seus passos sejam tão bons no Céu, que é o Paraíso, quanto foi aqui na Terra, onde se vive o tempo Real, e sua estrela brilhe na calçada do Universo, para sempre, Infinito. E que todos se lembrem do “Human Nature” Michel Jackson.
“For All Time” um “Brand new Day”.

domingo, 21 de junho de 2009

Notícia: “Micos, os melhores são de graça”.

Muita gente diz: “ai, paguei mô mico”. Mentira. Todos os grandes micos são gratuitos e com direito a casa cheia.
Eu acho que os micos deveriam ser pagos em notas de real e avaliados por categoria. Vejam bem, os nossos políticos fazem tantas ementas, CPIs, dão o maior ralo em Brasília, para quê? Por nós.
Apesar de no momento não me lembrar de alguma aprovação do Senado ou sei lá o que. Mas, pois bem. Eles recebem para isso, então devem estar trabalhando sério para o bem da sociedade Brasileira. “Eita povo Brasileiro retado de baum”, é o que diz o presidente da República. Ser político não é fácil, além de receber os salários “injustos” tem de votar justificando.
É uma categoria forte a receber salários altos de Micos.
Outra categoria que está com a bola toda são os “Jovens de toda Sorte do Enem”. Fala a verdade? Ainda bem que já me formei. Explica-me o que é o novo Enem?
Paulista “ridículo”, carioca “bicho, é isso”, mineiro “uai”, soteropolitano “nem eu enem você”, manaura “é garantido e caprichoso”, gaucho “inter, tchê”, cuiabano “Nico e Lau, pega intiligência”. Onde quer que esteja esse futuro jovem de alguns anos a mais de meia-entrada, está preocupado com essas loucuras feitas lá no ministério da educação para o bem da qualidade do ensino superior. Como se o problema da educação fosse só essa transição. E a base?
Mas alguém conseguiu entender para que o Enem serve? E a função do segundo grau?
Perceberam, é uma avalanche de Micos. Se bem feito lá em cima, pelos governos, ixi nós aqui em baixo fazemos direitinho. Imaginem quanto pagaram por este Mico?!..
Só de imaginar volto a estudar.
Só não estudaria para ser jornalista, não precisa de diploma para exercer a função. Baseada na afirmação do STF (Supremo Tribunal Federal) que a notícia se prepara da mesma forma de uma receita, e na do deputado federal Antônio Carlos Pannunzio (PSDB)“A questão do jornalista reflete uma condição nata, algo como uma vocação da pessoa, que independe do tipo de formação acadêmica.” Então por que estão estudando se a faculdade não irá lhe certificar disto?
Bem, de fato analisando as questões, as partes e os meios, concordo que não se poderia esperar algo diferente. Uma decisão, uau, espalhafatosa. Isto estava mais claro que real, num país onde o presidente não tem formação escolar, o presidente do senado é quem é. O que se podia esperar? Diga-me?
Não quero estudar para ser jornalista, este sim é o maior Mico. “Brasileiros e brasileiras, povo do meu Brasil eu declaro o Mico mais bem pago é o do jornalista”.
A decisão do STF pode ter sido injusta para a classe e concordo ninguém morre de injustiça, segundo meu pai, aliás, fica mais forte. Acredito muito na ética do profissional, na qualidade da liberdade de expressão e espero que os jornalistas de todo o Brasil façam jus a sua luta, por agora terem mais motivos para escrever. Uma receita.
Receita de Notícia ao molho de Rose
80g de vogais Times New Roman 10,
120g de consoantes Times New Roman 10,
1 ½ xícara de pontuação, seguindo a nova regra,
1 kg de farinha do STF,
2 litros do refrigerante de sua preferência,
Pimenta para por nos olhos,
Catchup, maionese e mostarda a gosto.
Prepara-se a panela, deixa o óleo ficar bem quente, frita, primeiro, as vogais, depois as consoantes. Quando estiver bem douradinha e perceber que está desgrudando do fundo da panela, colocam-se as pontuações. Uma dica salutar revise os ingredientes que formaram a passagem criativa. Numa forma de 5cm de largura configure o texto. Assim que perceber uma consistência segura de qualidade, pode servir acompanhado do refrigerante de sua escolha e catchup, maionese e mostarda a gosto.
A farinha STF é só para dar ânimo depois joga fora, não serve para mais nada, e a pimenta para ajudar a chorar quando lembrar que há 40 anos o seu diploma está retido. Nessa altura do campeonato já não há mais lágrimas.
Parabéns ao meu irmão Lucas que se formou hoje em Jornalismo...
“É isso ai Lucas, você vai receber o primeiro Micão.”
Pode-se dizer que todos os jornalistas são os únicos, depois de formados, a pagarem meia-entrada. Justificativa, não possuem diploma de formação, portanto são estudantes ainda.
Isso é o máximo!! Acho que vou ser jornalista...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Pode Entrar."

Se vier como amigo, seja bem-vindo.
“Pode entrar” é o nome do novo trabalho da cantora Ivete Sangalo, produzido pela Caco Discos em parceria com Multi Show. Um trabalho ousado, assim como o próprio nome, “Pode Entrar”, e de uma qualidade inenarrável tal como a simpática baiana, Ivete Sangalo. E está tão encantador que é condizente com a magia do encontro com os seus convidados.
Ivete conseguiu com este DVD e CD mostrar exatamente a importância de se ter um alicerce, trabalhar com Fé, ser Família. Em diversas passagens vi cenas muito parecidas com as que minha família preserva. A questão de ter vários irmãos. Andar, trabalhar, viver junto cultivando o amor e semeando a paz é muito importante.
Quando digo às pessoas que tenho quatro irmãos, elas logo concluem... “Ave, vocês devem brigar muito, não é mesmo?” Irmão que é irmão não briga, discordam de assuntos semelhantes, possuem visões divergentes, mas não usam da violência.. que isso?! Minha nossa. Eu ainda acho que caberia mais uns dois irmãos.
Não consigo imaginar um dia sem estar ao lado deste “fuzuê”, desse “nheco-nheco”, a casa está sempre cheia, têm histórias para mais de um “Best Seller”. Quando vamos a algum lugar, preparem-se está chegando à gang, andamos em grupo, nos apoiamos. Cada um torce por um time diferente, mas no final estamos abraçados para gritar gol.
É muito bom poder dividir e saber que está somando. Aqui em casa estamos dispostos a dar o que o outro precisar. Não importa o quê. “O seu problema é o meu problema” e “A sua alegria é o meu prazer”. Ninguém fica tranqüilo sabendo que o outro está passando por dificuldade.
Olhe! Se não fossemos irmãos de sangue nesta vida não teríamos nascido. Isso ia ser horrível.
A verdade, a meu ver, é que somos todos irmãos, eu de você, você do meu vizinho, índio de fazendeiro, judeus, mulçumanos, coreanos, africanos, todos os povos, inclusive de Ozama e Obama. Perante Deus somos uma só família. A guerra dos homens só não é pior do que a que existe dentro do lar, dentro do coração.
Na última música do trabalho de Ivete ela recebe uma ilustre convidada, a estrela do mar, Maria Bethania irmã de Caetano. Elas cantam uma música feita por Carlinhos Brown, “MUITO OBRIGADO AXÉ”. Seu refrão diz:
“Joga as armas para lá
Faz a festa...”
É isso, muito obrigada e é claro...
Voltem sempre.

domingo, 31 de maio de 2009

Lembranças devem ser boas.

Há alguns dias estava eu numa dessas redes de interação sociais, locais da internet onde a sua vida fica em páginas abertas, o famoso “orkutar” que não é oculto. Pois então, nessa animada conexão virtual uma amiga postava fotos de sua nova fase. Acabara de completar 25 anos e com estilo, fez uma viagem a maior e melhor cidade do Brasil, aliás, a primeira maior e melhor cidade do Brasil. Quem disse isso? Eu. Estou dizendo e acredito que muitos concordam: Salvador... A sensacional terra do branco mulato e do preto doutor. Confirmam?
Salvador, eu nasci e passei os meus primeiros anos de vida lá. Foi uma rápida passagem, porém inesquecível. Conheço cada detalhe da estação, das marés e de suas ligações com as fases da lua, o cheiro das manhãs de setembro, tudo de passado é presente quando penso na minha terra natal.
Sai de Salvador criança e voltei depois de 20 anos. Lembro-me exatamente como aconteceu o meu retorno.
Ligava eu para essas companhias aéreas a fim de comprar passagens a trabalho, era época de promoção, então quis aproveitar e trabalhar, ganhar em dobro... Mas aí do nada eu perguntei:
- E para Salvador, quanto fica?
- O quê?
- Quero 15...
Não hesitei e passei o cartão. Uma decisão louca, impensável, no meio do trabalho, e agora. “Vôo eu”.
De cara pousar perto das dunas, base aérea de Salvador, cartão postal do que antes foi cenário da despedida, agora da recepção, das boas vindas. Chorei mesmo e choraria de novo e de novo. Vivi e curti os quatro dias que me propus a fugir do correto, das regras e fazer quatro dias de loucuras em total alegria. Confesso que parecia uma soteropolitana turista, visitando, aprovando, comprando, tomando topo das ondas, como se nada daquilo eu conhecesse e acabara tudo se tornando motivo de novas recordações. Era salvador em 2006 e não mais a de 1984. Coincidentemente, eram os meus últimos dias de 28 anos, a viagem de volta estava marcada para 21 de setembro, as 00:30. Iria embora no começo de um ano novo.
Exatamente, naquela hora a despedida se multiplicou, o motivo para rir e chorar também. Dali a algumas horas estaria eu no mundo do passado, o trabalho, os compromissos, a rotina.
Amo a Bahia sem explicação. Esse amor é do tipo que dói, não mata e faz bem quando se sente. Talvez seja a cor do mar e as belezas das praias, o embalado, incansável e inacabável melhor carnaval do mundo, as suas ricas e belas 365 igrejas, a culinária mais “light quente” do Brasil, o sorriso e a recepção dos Soteropolitanos, ou nada disso, apenas um lugar comum e incomum particularmente. Não sei, conheço quem gosta e quem odeia. É uma paixão singular que eu pluralizo.
Depois desse meu retorno, do reencontro com minha origem, não deixo mais de ir a Salvador. Tive muita sorte, não é só a cidade, mas o fato de acreditar no possível e tudo que é bom é possível.
Em algum lugar existe uma conspiração para que o bem aconteça, por isso devemos deixar e preparar para que ele se realize. O sonho de cada um de nós é muito simples de se realizar, somos nós mesmos que complicamos e criamos regras. Antes o meu presente era relembrar o passado e viver para o futuro. Hoje, presente vem embrulhado, o futuro é um tempo não muito distante e o pretérito, além de eterno, é mais que perfeito. Tudo o que vivi jamais esquecerei e, se foi bom, reviverei.
Para você minha cara Juh, um feliz aniversário em dobro e muito obrigada por trazer lembranças boas.
Axé!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tudo é demais...

Quando nascemos tudo a nossa volta é grande demais, a luz brilha demais, o som fica alto demais, sono demais, fome demais, e nem sabemos o que mais. Até nós, pequeninos seres, causamos um impacto demais, pois quando chegamos a algum lugar repleto de pessoas grandes, elas logo se importam com o que há de menos no ambiente – “nós”.
Nós somos demais!
Falam como se entendêssemos tudo e repetem incansavelmente sons estranhos, palavras sem sentido e ficamos por entender de menos. O negócio é rir porque é a única forma de comunicação comum entre nós.
A próxima fase, do eu sozinho - andar, falar, comer e mais - , também é o máximo. Ela está diretamente ligada ao tamanho do obstáculo seguinte.
Isso não é demais?
Tornar os demais de menos para crescer. Claro, muitas coisas ficaram de menos por efeito de uma força estranha que decide colocar tudo no chão e transformar “Uma Grande Obra” em “Infinitos Pequenos Abstratos”, convenhamos que dependendo da “Obra” sempre será um “Abstrato”.
Bem, eu disse “os demais se tornariam os de menos”. Tentar evitar esse encontro casual com objetos estranhos é demais e necessário para se manter a paz.
O lema então é “rir” e “evitar a tal ação da força estranha”. E assim, caminhar rumo aos primeiros passos para a tal demais independência. Parece ser fácil.
Mal começamos a mudar a ordem e já criamos um objetivo, brigamos por metas e por jogo, escolhemos um hino, formamos grupos estanhos com pessoas esquisitas e a escola é tudo.
E tudo é demais.
Não pense que de agora em diante a tal força estranha sumiu, pelo contrário ela tomou conta GERAL, está em todas as partes: quando andamos de bicicleta, descemos a escada, subimos muros, no boletim escolar, e a tal história de rir para se ter uma comunicação em comum... Esquece, rir agora é uma arma secreta, dependendo da situação o seu sorriso nunca mais será o mesmo. Todo o cuidado é pouco. Há pessoas e pessoas, nem todas são comuns ao nosso critério de avaliação, muito menos nós somos para elas.
Hum!... e o primeiro amor... Como não cair no primeiro par de olhos azuis?! O amor entra e fica demais para caber em um só lugar, em uma só pessoa, por isso ele derruba. Tentamos com flores, músicas, danças, esporte; fazemos loucuras para conquistar o lindo par de olhos azuis e mesmo assim ficamos a contar lajotas no baile de formatura. Neste caso há uma ação conjunta da força estranha e rir. O amor nos faz cair na alegria.
Mas é o primeiro amor, depois vem a “azaração” ou “pegação”.
Agora é... como se diz... “piração total”. Topamos tudo para ficar “Só...” (Só = gíria jovial que não quer dizer nada, estranha, e conclui qualquer tipo de conversa. Só perde para: “tipo assim”, “gente”, “não”, “tipo” e “cara CE tem que vê”). Tudo que foi demais ensinado em questões de comunicação verbal não faz o menor sentido. Quem falar de menos é o demais da “galera”, tipo assim é o “CARA”, sacou?! E esse “CARA” ganha tudo, todos, todas, passa de ano tirando zero e é o CARA.
Cara é demais. Adrenalina total a flor da pele... cada dia, cada hora, minuto, segundo.. nooossa não fazemos nada e andamos cansados, não temos tempo, discutimos o que não sabemos, e os pais, digo, os “véios”... “tipo assim, não esquenta cara”.
Ser jovem, nos tempos do MSN, Orkut, twinter e coisas demais é de menos, para quem foi jovem nos tempos de Monteiro Lobato.
Bem, agora as coisas são assim e o namoro é quase virtual. Como?!
Virão novos pequenos, estamos exatamente do tamanho que somos e somos a soma do que fomos. As conquistas se tornaram experiências e a tal força estranha, apesar do peso estar maior, é a que nos torna singular a cada prova. Prova essa onde 10 não é a maior nota, aliás, não se tem nota e rir é a melhor ação da vida, embora os tempos estejam carregados, o melhor é fechar os olhos e abrir a boca em gargalhadas.
Daqui para frente o “DEMAIS” é seguir e ver onde vai dar, não se preocupar com o de menos. Viver cada instante da mesma forma como vivemos antes.
Particularmente, falando daqui em diante, não posso continuar o texto. Talvez daqui uns 30 anos conclua essas novas 3 décadas. Por enquanto... faço minha as palavras de Dani Le Rouge:
“viva sem limites e aproveite sem moderações.”

sábado, 9 de maio de 2009

Feliz dia das Mães.

Ser mãe:
Eu tive a oportunidade de recentemente perceber a diferença de um sentimento de mãe, não por eu ser uma mãe e sim por ter A MÃE.
Eu imaginava que todos os sentimentos – amor, alegria, fé, tristeza – fossem iguais para mãe, filho, pai, amigos. Mas não. O amor de mãe é inexplicável e inconfundível.
Quando minha irmã ficou doente, pude perceber essa diferença. E não consegui entender de onde vinha tanta força, coragem. Minha mãe enfrentou, acredito o maior teste de sua vida com uma serenidade e confiança que serviu de exemplo para todos que participaram desta luta.
Hoje sei que sou filha e não me envolvo nas decisões de minha mãe por que tenho a absoluta certeza de serão às melhores.
Uma vez, sem pensar, disse a ela estar sentindo falta de morar sozinha e na mesma hora fiquei sem jeito, pois não quis dizer que estar ali me fazia mal, de maneira alguma, mas por ter sido umas das fases em que pude me conhecer com tranqüilidade e crescer com isso. Não sou de imediato concluir o pensamento e logo ela disse: “isso é muito bom!”.
Eu sorri e vi que ela sorria com isso .Soube entender, sem que dissesse o quanto estar sozinha só foi bom por que o tempo em que estivemos juntas foi fundamental.
Muitas vezes achamos que temos razões para tudo e erramos. Achamos que somos fortes para lutar e perdemos.
Somos grandes para crescer mais e caímos.
Achamos de mais e perdemos tudo.
O que sempre permanece é o amor que nossas mães têm por nós. Mães e Pais esses amam seus filhos de verdade.
Para saber o quanto é esse amor é só compará-lo ao infinito e duas vezes mais.
Feliz dia das Mães.

terça-feira, 5 de maio de 2009

05/05/2009

Campo Grande, 1 de maio

Início de um mês, mais um, talvez não tão diferente quanto os outros com seus 30 ou 31 dias, manhãs, tardes e noites, sol, lua, chuva, calor, vento... enfim os meses têm em comum a proteção divina, mas nossas vidas sofrem modificações inesperadas.
O que poderá acontecer desta vez? Amanhã? Hoje? Nunca se sabe o que estar por vir. Sabemos muito pouco sobre nossas vidas atreladas ao trabalho, a política, a sociedade, aos prazeres, aos amigos, a aparência. Isso é viver?
O corpo talvez necessite de um pouco mais de atenção, não em questão estética, mas espiritual. Por que a natureza sobrevive a tantas modificações e nos seres humanos não suportamos uma derrota? Somos, também uma obra divina, que nasce, cresce, reproduz e morre.
Com muito amor viemos ao mundo para cumprir com a denominada missão a nós concebida, seja qual for, nascemos sabendo de nossa meta. Aos poucos crescemos e passamos a ser desafiados e atormentados a fim de que nossa tarefa se afaste, e por diversas vezes confundimos alegrias com tristezas.
A partir de então, o destino foi traçado e somos guiados pela intuição, o que fazer ou deixar de fazer só saberemos quando escutarmos a voz do coração. Talvez seja a fase mais longa da vida, claro, pois crescemos a cada dia, todo instante. A cada piscar de olhos há em nosso corpo uma célula nova ou um sonho novo, e dessa forma nascemos de novo.
Nascer e crescer é um grande mistério. São exatamente, nestes dois estágios em que nos preparamos para seguir, porém para onde e como não se consegue destinguir com precisão é necessário tempo, ás vezes muito tempo até a próxima fase.
Muitos pensam que reproduzir é gerar filhos, formar uma família e serem avós ou quem sabe mais que isso, por que não? No entanto, há aqueles em que partem sem cumprir essa etapa. Morrem sem deixar herdeiros. Será que eles não seguiram a ordem geral, ou regras, da natureza?
Reproduzir é um verbo com significado amplo, porém em sua primeira impressão entendemos por filhos. Mas e os sonhos que nascem e crescem também reproduzem e morrem? Se não conseguimos em missão gerar filhos reproduziremos sonhos e alegrias.
Lições simples, aprendizados concretos gerados de magníficos e encantadores sonhos. Se fossemos capazes de realizar todos os nossos sonhos seriamos o começo de uma nova fase, pelo menos no coração daquele que amamos. Nascemos, crescemos, reproduzimos, morremos e renascemos...
O ciclo da vida não se acaba com um ponto ou no final da curva, ela não está escrita nos livros que são vendidos em lojas, nem faz parte de uma regra geral. Cada um de nós possui uma vida, uma meta, um sonho, um destino. Destino este que poderá salvar muitas vidas, sonhos que se tornarão realidade e se transformarão em esperança.
Para meu Pai que acaba de conquistar uma nova fase na vida em busca de um grande sonho. Parabéns.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Palavras.

Olá, pois é estive ausente por alguns dias.
Não é fácil escrever. Vem à idéia, transformamo-la em símbolos gráficos denominados letras, sílabas e juntamos os pronomes, substantivamos as frases, acrescentamos um pouco de adjetivos e objetivos, as orações ficam subordinadas e se ocultas, não valem nada se tornam palavras ao vento, e se diretas ponto final, reticências... etc e tal.
Aprendi escrever com meus pais, minha mãe é a escritora emoção ao quadrado. Cada frase tem sua leveza especial, verdade, e o mais difícil de fazer, a simplicidade. Escreve com a mesma energia que borda os tecidos. As palavras, em sues textos, unem-se como pontos aos retalhos que muitos deles juntos formam a colcha.
Já o doutor pai é a fonte das palavras exatas e bem ditas, que se não ditas serão interpretadas no verbo ação – sigam o meu caminho. É o exemplo maior, em vida, de compaixão, solidariedade. Escreve tanto com razão quanto com emoção, sabiamente usa esse dom da escrita para fazer o bem.
Onde irei chegar com tantos exemplos? Bem, o importante é que estou aqui e tenho os melhores faróis a me guiar.
Essa falta de tempo minha conectada entendam como um tempo a mais que dedico à companhia dessas pessoas especiais. Aprender é muito mais ouvir do que falar e falar e muito mais escrever e escrever não diz nada se não fizer.
Um grande abraço e se puderem ouçam os mais velhos, respeitem seus conhecimentos, leiam mais e não digam nada. Para nós jovens, o tudo ainda é incerto.
Muito obrigada.

sábado, 28 de março de 2009

U$ 2,00 por 50 Kg de algodão colhido.

Não gosto muito de assistir TV, mas ontem no Multi Show passou um programa chamado “Pense nisso” e acabei me interessando, aos poucos por ele. Foi me prendendo. O assunto era o valor do que você veste.
Em resumo selecionaram 6 jovens consumistas por roupas e os levaram para a Índia para passarem alguns dias vivendo a realidade dos camponeses que colhiam o algodão até os funcionários da melhor fábrica de moda. O interessante é como a produção deste programa iniciou a tortura, porque de fato foi uma tortura. Um “Reality Show”.
Ao invés de começar no início, da colheita do algodão para terminar com a alta costura, não foi o contrário. Nooossa!! Mas mesmo na fábrica top de linha na mecanização humana não foi nada muito fácil, porém nada se compara a realidade da sobrevivência dos colhedores de algodão, são U$ 2,00 por 50 Kg de algodão. O pior é que são necessárias 8 pessoas trabalhando juntas por dia, sem parar, para colherem 50 Kg de algodão. Eles trabalham para receber 1/8 de dois bostas de dólar.
Como é que se vive? Uma penca de banana custa U$ 0,50 na Índia. Não quero fazer politicagem, mas ás vezes eu caio na besteira de não valorizar o que estou vestido agora, uma camiseta 100% algodão que custa R$ 30,00. Quanto que dá isso em dólar?!! E nem são 50 kg de algodão.
Eu pagaria mais pelo o que estou vestindo agora e sempre se tivesse a certeza de que a pessoa que colheu 1/8 deste 50Kg de algodão ganhasse pelo menos 1% de cada camiseta que fosse vendida. Acredito que ela agradeceria até se a porcentagem fosse menor. Mas faria isso se tivesse a certeza de que o dinheiro foi para ela, para melhorar a sua qualidade de vida.
Somos tão fechados para o mundo, somos tão injustos com nossos irmãos. Além de esse fato me irritar o que mais me tirou do sério foi parar o programa em sua melhor parte para mostrar 15 minutos de BBB9, “PQP!!”, a própria mídia se contradiz. Tentei esperar acabar o tal BBB para ver o final do programa “Pense Nisso”, não agüentei. Aparece-me dois brother conversando no quarto falando sobre as roupas que acabaram de ganhar para vestirem. Na verdade para fazerem propaganda “barata” e enganosa, serem peças de imagem desgastadas usando produtos irreais, aparentes de status sem menor filosofia e ética.
Por isso não assisto TV, ela própria se confunde. O que aconteceu com os catadores de algodão que vive na Índia com dois nada de dólar? Meus sentimentos aos Brothers da Índia, nos aqui não sabemos ser tão evoluídos intelectualmente para podermos mudar a sua realidade, pagamos caro pelo que vestimos porque vemos TV demais e isso nos faz pensar menos. Desculpem-me pelo nosso “Reality Show” de R$ 1’000’000,00. Quanto é isso em dólar?

sexta-feira, 27 de março de 2009

Complexo convexo “Cher”.

Cher, alguém pode me explicar quem é essa mulher? Não é possível, ela não é ser humano. Essa mulher é um extraterrestre, certeza.
Sempre ouvi e a vi em capas de CDs, DVDs, Filmes, no Oscar, mas nunca me interessei em saber sobre a pessoa Cher, quantos anos, vida e tal, nem as músicas eu sabia. Sabe o tipo de pessoa que você sabe que existe e tanto faz, ela está lá você está aqui e cada um no seu lugar como sempre.
Pois bem, isso acabou no dia 23 de março de 2008, às 4 horas da manhã, horário centro-oeste do Brasil, planetas alinhados sentido estrela maior, Cher. Às 3:59 da manhã deste mesmo dia eu estava dormindo e dali um minuto acordei do nada, e animada para começar o dia.. Mas não era muito cedo ainda, eu queria mais pelo menos duas horas de sono.. Tentei, forcei fechar os olhos, li algumas páginas de livro, arrumei gaveta, cabides e quando dei por mim já estava arrumando a cama.. NÃOOO!! .. A cama não, ainda tenho mais 1:30 de sono..
Ai pensei:
“vou ver um filme..
vamos ver...
deixa eu pensar..
nossa o DVD da Cher aqui, esse mesmo”
A idéia era dormir. O show começou, e pode acreditar foi show com s, h, o e w. Nossa em segundos de eu estava admirada, cantando refrões, curiosa. O interessante eram as retrospectivas de vida de Cher . Eu só pensava, “mas quantos essa mulher tem?”, “olha o corpo, a ginga, dançando coreografia”, “quantos cabelos essa mulher tem, qual é o verdadeiro?” ... “será que é careca?”
Fiquei besta, dormi era a última coisa que eu queria, na verdade minha vontade era acordar todos em casa com a música de Cher, ou melhor, o mistério Cher. Mas me agüentei até descobri o máximo e entender tudo de Cher em 1:30. Claro que isso era impossível, assim como dormir àquela hora.
O choque maior veio na descoberta da idade.. O dobro da minha, não pode ser!! Ou, pode ser?!.. 62 anos, esse fato para mim ainda não está certo não está claro, não, não, não.. Só pode ser banho de formol, ela num deve: fazer almoço, varrer casa, lavar roupas, tirar carrapato de cachorro, ir ao banco negociar dívidas, comer picanha com dois dedos de gordura. É o tipo de mulher que tem uma vida de Diva. Sorte para ela. E se não nada disso, se ela faz tudo isso e ainda dirige um Fiat 147.
OK! (bem americano), não tem explicação e nem vale apena tentar achar por que vão aparecer rugas e vou ficar aparentemente mais velha que ela. Então resolvi mostrar para todos aqui em casa e não deu outra, no começo achei que ninguém fosse se impressionar. mas num é que o complexo convexo Cher deu o que falar. Passamos o final de semana inteiro tentando e logo “desententando” entender. Só que isso é outra história.
O que pude entender de Cher?! Bem, essas coisas particulares que na vida de um artista é denominada de escândalos, para mim é normal, pois tudo depende do ponto de referencia, agora estar de bem consigo, cultivar a paz interior e distribuir amor, sem pensar em receber. Se dar pelo fato de sentir necessário, de saber que vai ser um bem. Que bem? Para quem? Ai é que está o mistério, bem para quem você sabe que existe e não conhece - o próximo. E no caso dela são milhares de fãs desconhecidos, apenas calculados em números.
Fazer o bem sem esperar receber, se dar, amar o próximo e coisas do tipo que ouvimos em algum lugar, faz muito bem a saúde. Até então, eu num tinha tido o tempo nem a visão mais elaborados, maduros para entender o complexo convexo Cher. As coisas na vida têm de acontecer no momento certo, se um dia acordar as 4:00 da madrugada e não conseguir dormir, assista Cher.
Os.: se alguém te disser, “nossa como você está bem!”, diga, “não! eu estou mal, você já viu a Cher?”