quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eu só Rio.

Não consigo me lembrar exatamente o momento em que me apaixonei pela cidade, até então imaginária, Rio de Janeiro. Quando muito nova, conheci pessoas cariocas e outras com destino de férias Rio e isso me fazia imaginar os movimento carioca, as cores das roupas, o cheiro do mar, enfim, cada vez mais aumentava esse mistério de amor e desejo de conhecer a tal sonhada cidade maravilhosa.
Talvez tenha algo a ver com a cultura exagerada que se tem nela, ou a história de sua luta pela preservação do remédio da vida - a alegria.
Bem, o carioca é um ser mais que humano, receptivo, doador, isso até cego vê está nítido. Mas eu ainda não conseguia imaginar o agrupamento das esquinas de Copacabana e Ipanema, a ligação do Rio com Niterói, os poetas de bares, o teatro em Luz e Cena, o azul de céu no mar, a música que se ouve do alto dos seus prédios históricos, era tudo muito distante.
O desejo de estar na cidade do Rio sempre foi forte. Algo me dizia “ainda vou me casar com Ela”.
No dia 19 de julho de 2009, surge, então, o primeiro momento que definiria todas as sensações e determinaria os sentidos. Algumas horas e estaria de encontro com o imaginário. Tudo estava pronto para ser real e eu fui com medo de voar e chegar. O medo de amar tem a ver com perder.
A primeira vez que eu vi o Rio, não se via nada. O céu estava coberto por uma nuvem de tempestade. Isso me deixava cada vez mais com desejo de passar pelas nuvens e a turbulência era imperceptível, nem me dei conta do medo. Estava com olhos fixos na janela em busca de uma pontinha visível de cidade, mas as nuvens e a chuva aumentavam aquele mistério.
Foi quando, como um sopro de segundos, tudo ficou nítido. Pude ver a Baia de Guanabara, “uau...” era real, eu estava por cima das águas, das ruas e avenidas, casas... O Rio inteiro aos pés de meus olhares detalhistas. Apaixonei-me mais uma vez, mas agora era de fato.
Fez-se dentro de mim uma tempestade de alegria e eu chorei sem que percebesse. A primeira vez que vi o Rio ele parou de chorar e sorriu para mim e eu de alegria, chorei.

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