sexta-feira, 13 de maio de 2011

Descobrindo a força da Fé


Quero começar essa história com uma música muito forte e especial para mim. Ajudou-me a ver e diferenciar o real valor da vida.

Noites Traiçoeira.
"Deus está aqui neste momento. Sua presença é real pro meu viver.
Entregue sua vida, seus problemas. Fale com Deus ele vai ajudar você.
Deus lhe trouxe aqui para aliviar os seus sofrimentos
É ele o autor da fé do princípio ao fim em todos os seus tormentos
E ainda se vier, Noite traiçoeira. Se a cruz pesada for Cristo estará contigo
O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus lhe quer sorrindo
Seja qual for o seu problema fale com Deus ele vai ajudar você
Após a dor vem a alegria, pois Deus é amor ele não deixará sofrer."
Quem canta é o Padre Marcelo.

Minha história com ela veio em 2006, mês de maio, junho e julho. Quando Carol ficou doente e só um Milagre poderia salvá-la.. foi o que os médicos disseram, então fomos atrás. Eu havia voltado para casa aquele mês, pouco antes da doença, continuei com a loja em Cuiabá, mas a idéia era administrar a distância.

Minhas forças, então, concentraram-se nisso, Milagre, e as coisas mundanas eu nem lembrava mais. Compromissos profissionais, mundo, supermercados, material, copa do mundo, eu só olhava para o céu tentando ver um sinal, fosse no balançar das árvores, ou canto dos pássaros. Nada tirava o meu foco. Carol estava estável e 1% de melhora já era motivo para continuar o pensamento.

Daí aconteceu um 'problema' na loja.. (problema é assim, termo utilizado para situações simples e que tem solução, está ai a matemática pra confirma) e tive de ir as pressas para Cuiabá. Nossa meu coração estava nas mãos. Pegar o vôo, ops, voo (tiraram o acento.. ficou mais difícil viajar agora, né?), chegar lá e ficar uns dias imaginando "e Carol?! as crianças?!" Santo, como foi difícil encarar essa viagem. 

Daí um dia, para relaxar, eu entrei numa loja de CDs e tocou a música trilha desse momento. Eu senti como se algo muito forte estivesse falando comigo, eu precisava ouvir aquelas palavras que me trouxesse a paz interior, a concentração no Milagre. Entreguei toda dor de meu peito, sentei num cantinho e chorei...kkk.. oh como eu sou chorona, mas chorei gostoso. Inclusive estou chorando só de lembrar o quanto chorei aquele dia. A dor num tem medida, ela aperta de um jeito que a garganta esquenta e só alivia quando cai a primeira lágrima, depois vira rio e melhora. 

Carol sarou e está viva por conta de um milagre. Eu tenho esse presente de Deus em minha vida, ops, mais esse não posso me esquecer dos outros. Viver é milagre e mesmo que seja uma passadinha valeu por existir (Quindim querido, você é meu 'Milagrim'!). Milagre é isso, acreditar que Deus está presente e vai resolver esse momento, não problema, problema a gente que resolve. O momento é de Deus só ele pode nortear o curso a seguir e a gente tem de ir vivendo, forte e confiando sem desviar o olhar. Nunca se sabe o que terá no final da curva e mesmo assim é preciso seguir.
Eu estive muito mais próxima de Deus, senti sua Luz e posso garantir. É muito bom viver na fé.
Acreditem, há mais Amor no mundo do que qualquer outro sentimento.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

“mini-bug azul conversível”



As vezes acredito que minha vida parou de contar quando aos 15 anos. Daí em diante, até os 33, eu mudei fiz muitas coisas em grupo e outras, sozinha. Ultimamente tenho ficado muita mais luas comigo e é aí que sinto de um vazio. Deixei de plantar muitos sonhos. Tracei um caminho onde o 'faz de conta' perdeu o ‘era uma vez’, parei de sonhar com fadas, príncipes e final feliz. Larguei bonecas, basquete e violão, passei a estudar acreditando ser o que não sou e nunca seria.
Não, não estou criticando nada de meu caminho, Deus me livre pensar algo assim. Gostei de cada passo de minha história, cada vírgula e palavras mal acentuadas, fiz tudo da mesma forma que faria hoje, se o tempo voltasse. Talvez um pouco mais de adjetivos diretos e uns substantivos abstratos só para mostrar o quanto valeu estudar...kkkk.
Bem, li que o mês de Maio é ideal para contar histórias e fiquei pensando em qual assunto falar: casamento de meus pais, vitórias de Carol, as frases de meus sobrinhos, meu anjo Joaquim, o primeiro beijo, a greve que fiz na faculdade, histórias de ídolos, minha vontade de ser paquita, enfim são tantas... não consegui escolher. 
Será que a ausência da Lua no céu? Preciso dela para tomar uma decisão? É bem provável.. Estou lembrando-me que na adolescência brincava a noite na rua de casa (Senador Queiroz, 401 Jd Leblon), juntávamos os grupos sempre na calçada da Dona Geni e lá saiam todas as idéias para tornar a noite mais divertida. Uma das brincadeiras mais pedidas era “uma palavra, uma música” eu adorava e sempre que acabávamos eu olhava para o céu.
A idéia era enxergar além das estrelas, sabia sobre o lance de anos luz coisa e tal, mas pareciam tão reais e eu ficava contemplando o tapete azul escuro de leds. Elas brilhavam mais sem a Lua Cheia. Parece que estou me vendo na calçada da Dona Geni. Uma vez vi uma estrela cadente e na hora pedi “um mini-bug azul conversível”. NÂOOO!! Ai que vergonha estrelinha....kkkkkkkkkkk... Tanta coisa para escolher e num sei, acho que fiquei emocionada e acabei pedindo um “mini-bug azul conversível”.
Esse pedido a estrela fez questão de ignorar, não tinha lógica, não é mesmo?! Hoje aos 33 anos continuo com a mesma mania dos 15 anos, olhar para o céu. Tenho tantos desejos na ponta da língua, uma vontade de ver estrelas caindo. Ignoro a lei da física, não quero pensar em anos luz, só estrelas caindo. Parece que elas caiam mais, agora estão ‘paradinhas’.
Eu também parei de sonhar esses longos últimos anos, talvez uma irreal correria, essa necessidade desnecessária de manter a ordem, rotinas, dinheiro, tempo. Muita coisa ficou mais forte do que eu, como diz um amigo invisível “até a lua, de tempo em tempo, fica cheia” (CMZ) e hoje, sem ela no céu, vejo menos estrelas.
Tenho tanta coisa para dizer, meus pedidos borbulham por “por favor, atenda-me... cai estrelinha”. A vontade é tanta que se eu vir uma estrela caindo AGORA vou pedir um “mini-bug azul conversível”.
Só que agora não terei vergonha vou ficar muito feliz de saber que elas continuam caindo e, eu, consigo vê-las.
Assim como não existe céu sem estrelas, não existe vida sem sonhos.
Obrigada!
Luz, anos Luz para todos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mês de Maio de 2011



Em 1981, eu tinha 4 anos e já me achava um gênio..kkkkkkkkkkkkkk.. pensaram que fiquei assim depois de 5 vestibulares para medicina, ein? Minha mãe conta que nunca fui de falar muito, sempre observava quietinha. Mal sabe ela o que se passava em minha mente...kkkkk.. eu tenho medo de mim quando estou em total observação e se fosse você também teria...kkkkkkkkkkkk. 
Mas vamos lá, em 81 o Papa João Paulo II veio ao Brasil e passou por Salvador, minha terra. Meu pai foi um dos responsáveis pela sua segurança. O seu papel era vistoriar tudo, tudim, quarto, banheiro, salas, tudo.., isso antes do Papa passar. Até a comida e a água ele provava. E durante esse tempo em nenhum momento ele chegou ver sequer a sombra do Papa, mas ele estava lá.
Foi um acontecimento importante em minha memória, eu olhava para a imagem do Papa e ficava admirando. Não sei o que ele tinha, mas eu gostava de ver. Ninguém entendia, nem eu mesmo consigo entender o significado de parar e olhar para o Papa João Paulo II. Digo olhar no presente porque ainda tenho uma imagem de santinho que me pai ganhou do tempo em que fez a guarda dele, junto um chaveiro. Sempre que o dia fica mais pesado que a força da gravidade eu olho para esse santinho, sinto uma paz..., um mundo em silêncio.., vazio no pensamento..., vai ficando leve... e... (                                                                         ).
Lembro-me de sua morte, eu estava trabalhando em Cuiabá. Há todo instante eu corria até a loja de eletrônicos para ver o noticiário. O anúncio de seu falecimento eu senti o mesmo silêncio, mas a sensação era de 'acabou a paz'. 
João Paulo II era como uma luz. Sabe quando a mãe diz "pare de olhar para a luz menino, você vai ficar cego.." e a gente num consegue tirar os olhos dela? É isso!! O Papa, para mim, era e é como ficar olhando para luz tentando entender "o que será que estou vendo?". Essas coisas boas de criança onde não há  explicação e só pode ser doce, bom e sem limites.
Meu catolicismo está no batismo, não frequento a igreja e também não frequento nada, religiosamente falando. Faço minha fé em casa e recorro a Deus como um amigo, pai, aquele que entende cada pontada em meu peito, cada vírgula de minhas idéias, o que vê minhas lágrimas no escuro. Sabe mais de mim do que eu mesma. O amigo que preciso conquistar para o dia do juízo final.
E hoje, dia 2 de maio, o mundo, literalmente, só falou de Terror, "Justiça feita". E, ontem, primeiro de maio o Papa João Paulo II foi beatificado. Pois bem, foi... é que falou-se muito pouco disso, ou melhor, só o suficiente; falar mais seria exagero, mas já é de costumes a impressa de "audiência bleft". 
O mês entrou para história, mas começou pelo Bem e, por isso, não tem como acabar pelo Bin ou pelo mal, melhor se expressando. Não existe mal, existem pessoas em busca de suas próprias felicidades. Julgar não é papel do Homem, muito menos fazer Justiça com as próprias mãos. Não defendo o catolicismo como mão única, nem o fanatismo (Americano), muito menos o terrorismo (Al Qaeda). Defendo NÃO liguem a teleVISÃO (Globo, Record, Band,..). Acendam a Luz interior (Amor).
Como minha mãe dizia "Camila fala, mas num é de falar muito. Gosta de ficar quieta observando." na verdade eu gosto é de ficar sentindo