segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mês de Maio de 2011



Em 1981, eu tinha 4 anos e já me achava um gênio..kkkkkkkkkkkkkk.. pensaram que fiquei assim depois de 5 vestibulares para medicina, ein? Minha mãe conta que nunca fui de falar muito, sempre observava quietinha. Mal sabe ela o que se passava em minha mente...kkkkk.. eu tenho medo de mim quando estou em total observação e se fosse você também teria...kkkkkkkkkkkk. 
Mas vamos lá, em 81 o Papa João Paulo II veio ao Brasil e passou por Salvador, minha terra. Meu pai foi um dos responsáveis pela sua segurança. O seu papel era vistoriar tudo, tudim, quarto, banheiro, salas, tudo.., isso antes do Papa passar. Até a comida e a água ele provava. E durante esse tempo em nenhum momento ele chegou ver sequer a sombra do Papa, mas ele estava lá.
Foi um acontecimento importante em minha memória, eu olhava para a imagem do Papa e ficava admirando. Não sei o que ele tinha, mas eu gostava de ver. Ninguém entendia, nem eu mesmo consigo entender o significado de parar e olhar para o Papa João Paulo II. Digo olhar no presente porque ainda tenho uma imagem de santinho que me pai ganhou do tempo em que fez a guarda dele, junto um chaveiro. Sempre que o dia fica mais pesado que a força da gravidade eu olho para esse santinho, sinto uma paz..., um mundo em silêncio.., vazio no pensamento..., vai ficando leve... e... (                                                                         ).
Lembro-me de sua morte, eu estava trabalhando em Cuiabá. Há todo instante eu corria até a loja de eletrônicos para ver o noticiário. O anúncio de seu falecimento eu senti o mesmo silêncio, mas a sensação era de 'acabou a paz'. 
João Paulo II era como uma luz. Sabe quando a mãe diz "pare de olhar para a luz menino, você vai ficar cego.." e a gente num consegue tirar os olhos dela? É isso!! O Papa, para mim, era e é como ficar olhando para luz tentando entender "o que será que estou vendo?". Essas coisas boas de criança onde não há  explicação e só pode ser doce, bom e sem limites.
Meu catolicismo está no batismo, não frequento a igreja e também não frequento nada, religiosamente falando. Faço minha fé em casa e recorro a Deus como um amigo, pai, aquele que entende cada pontada em meu peito, cada vírgula de minhas idéias, o que vê minhas lágrimas no escuro. Sabe mais de mim do que eu mesma. O amigo que preciso conquistar para o dia do juízo final.
E hoje, dia 2 de maio, o mundo, literalmente, só falou de Terror, "Justiça feita". E, ontem, primeiro de maio o Papa João Paulo II foi beatificado. Pois bem, foi... é que falou-se muito pouco disso, ou melhor, só o suficiente; falar mais seria exagero, mas já é de costumes a impressa de "audiência bleft". 
O mês entrou para história, mas começou pelo Bem e, por isso, não tem como acabar pelo Bin ou pelo mal, melhor se expressando. Não existe mal, existem pessoas em busca de suas próprias felicidades. Julgar não é papel do Homem, muito menos fazer Justiça com as próprias mãos. Não defendo o catolicismo como mão única, nem o fanatismo (Americano), muito menos o terrorismo (Al Qaeda). Defendo NÃO liguem a teleVISÃO (Globo, Record, Band,..). Acendam a Luz interior (Amor).
Como minha mãe dizia "Camila fala, mas num é de falar muito. Gosta de ficar quieta observando." na verdade eu gosto é de ficar sentindo

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