domingo, 1 de novembro de 2009

De cara com o Ídolo!

Como é bom ter Ídolos. E conhecer então?!! “C-a-r-a-c-a-s-!-!-!”... MARAVILHOSO. Eu sou fanática pelos meus ídolos, são vários. Escolho um para cada arte, até mais de um se for preciso. Fico animadíssima quando vou ao show, teatro, festa, de um dos deles. Não sei o que acontece, eu saio de mim, realmente me desconheço nessa situação.
A grande parte dos meus ídolos, tive o privilégio de conhecer. Ivete Sangalo, Rita Lee, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Luis Fernando Guimarães, Ziraldo, Jorge Mautner, Jorginho de Carvalho, Daniela Mercury.. e outros. Para cada um deles aconteceu uma história diferentemente louca.
Quando jovem, precisei de me encontrara na galera, eu já era diferente da massa, então me achei na mãe do rock, pois todo jovem se dedica a uma tribo para se encontrar, eu escolhi Rita Lee. A-m-e-i-!-! As músicas ultrapassavam os meus sentidos e saia dançando loucamente com a guitarra vassoura imaginária “venha me beijar, meu doce vampiro. Ououuu!”. Um dia, me lembro como se fosse hoje, Rita Lee veio a Campo Grande (M.S.) para o show “Marca da Zorra”. P-i-r-e-i-! era muito caro e não tinha dinheiro, na época eu estava dando aulas para um grupo de amigas que haviam ficado de exame na escola. Em meio a uma explicação e outra eu ficava com o radinho ligado participando da promoção para ganhar os convites. Era dia do show e eu não havia ganhado nada, estava muito “D-o-w-n”.
Guardando o material de aula encontro um envelope com uma cartinha e o valor do ingresso do show, dizia o seguinte “aproveite muito e obrigada por nos ajudar. Não vale chorar!”.. nem liguei agradecendo, sai no mesmo instante para comprar o ingresso. Minha mãe falou “não vai ligar para agradecer Camila?”, mãe quando fala o nome inteiro intimida P-a-c-a-s, eu disse que não, iria contar no dia seguinte como tinha sido o meu encontro com Rita Lee. Deveria agradecer com estilo. Fui ao show mais feliz que tudo, Carol, minha irmã me acompanhou nesta empreitada.
Chegando lá, imaginei “vai estar lotado é a Marca da Zorra, um showzão. Como vou fazer para ficar na frente do palco” e fiquei de cara quando vi tudo vazio. Não acreditei. Se tivesse umas 300 pessoas era muito, mas estava ótimo lugar de sobra para curtir e dançar. Para se ter noção do tanto que estava vazio eu corria a grade da frente de um lado para outro, seguia a Rita Lee no palco onde quer que ela fosse. Estava pirada, parecia uma criança.
No final do show, minha irmã falou “você quer conhecer a Rita Lee? Eu tenho um plano...” nem pensei era mais que lógico, vamos ao plano. Kkkkk.. ai ai, o plano era o seguinte:
“está vendo o muro verde que separa nós da Rita Lee, este de 4m de altura? Então, vamos subir nele. Assim que o carro dela aparecer, descemos e ficamos no portão que ela vai sair. Certo? Você vai parar o carro dela Camila”. Irmã quando fala o nome inteiro praticamente é uma f-r-i-a. É como dizer “você vai comer maionese da rua Camila?” vai dá m-e-r-d-a!
Até hoje não entendo o porquê de subir no muro, era só ficar no portão. Mas aventura de fã tem de ter emoção se não... Então fui, estava no muro, o carro apontou o farol, desci o muro, na verdade despenquei dele e já fui rolando para a rua, parei em frente ao portão. O carro vinha e eu parada na frente pensando “ele vai parar e eu entro, fácil” e ele vinha, vinha e cada vez vinha mais “ele não vai me atropelar, eu sou fã” e foi vindo e não teve jeito tive que sair da frente se não morreria. Dei uma esquivada “matrix” e numa visão turvada de fã vi a janela do carro aberta, nossa “vou entrar!” Me joguei com tudo para dentro do carro.
Pausa nessa hora.
Foi uma fração de segundos tudo isso, ao pensar ter visto a janela a aberta, me vi dentro do carro, no colo de Rita Lee, cantando “Ovelha Negra da família não vai mais voltar, não vai não.. nãoo!” E muitas gargalhadas... a cena perfeita para uma fã. E o dia seguinte, ein? Ligando para as amigas. Era bom de mais para ser real.
Mas eu disse “PENSAR TER VISTO A JANELA ABERTA”. A janela não estava aberta e simplesmente ela estava ESTUPIDAMENTE l-i-m-p-a. Eu me joguei com tudo no vidro do carro, meti a testa. Parecia uma lagartixa pregada. Não foi a Rita Lee que me atropelou, eu atropelei o carro. Fiquei tão perto que consegui vê-la fazendo gestos de Rock’roll para mim, eu podia tocá-las com meus olhos, foi lindo e inesquecível. Confesso que um tanto quando engraçado.
Sai correndo atrás do carro toda suja de terra, grama, esfolada com a testa vermelha e gritando R-o-c-k-‘R-o-l-l... R-i-t-a-L-e-e
Agradeço até hoje minhas amigas que me proporcionaram este encontro, literalmente falando..kkkk. Anos se passaram e quando me lembro, tem a mesma emoção. Muitos riem por que é deveras engraçado e contado faço as esquivadas Matrix e tudo mais. Mas o mais importante dessa história e saber que aproveitei esta fase jovem. Curti, criei identidade, participei de uma tribo, ajudei com o português, química, matemática e tinha consciência de não esperar receber por nada que fizesse.
Ser jovem é bacana. Depois muda mesmo, mas muda para diferente nem melhor nem pior. Exatamente como deve ser. Por isso devem-se aproveitar todas as etapas da vida e não passar por elas sem ter nada para contar lá na frente.
Eu continuo gostando de Rita Lee, mas hoje não toparia de frente com o carro dela e muito menos subiria num muro de 4m de altura para vê-la passar, nem de 3m, 2m talvez.
Uma amiga jovem veio falar comigo hoje por isso me lembrei dessa loucura Lee da minha vida. Essa amiga acaba de entrar para a melhor etapa da vida dela e eu a desejo muita alegria jovial.
Nati querida, a-d-o-o-o-r-o-!.
Um beijo grande aos jovens de hoje, dois aos de amanhã e aos de ontem, me liguem!...kkkkk...

3 comentários:

  1. ai guria, eu amo você Cá! :D bjs. irmã de cabelo ROSA!

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  2. Oi querida, que saudade...! Adorei os textos. Cabelo pink agora? Que discreto!!!!Queria ter visto a cara do gaucho.Vc tem que fotografar estas reações e postar no blog. bjs pra jordan family. Ana Karla

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