quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Passa a Digital! Ham?!! (seu jeito de voar é o seu limite de pensar)

Tenho falado aqui em meu blog de muitos assuntos: viagens, família, amizade, pensamentos. Enfim, e sempre procuro fechar com uma idéia toda positiva, cheia de “Love is the Air”, mas na verdade nem sempre o arco-íris é colorido.
Hoje vou contar uma história cômica e patética ao mesmo tempo. Diria que é engraçada porque me divirto até hoje contando nas rodas de prosa e sem graça pelo fato de no dia do acontecido eu não entendia nada e fiquei pagando mico para mim mesmo quando que teria de pagar para a situação. Situação ou uma roubada, literalmente falando?
Pois então, sabe essas promoções de vôos em que as loucuras sem destinos, o espírito de liberdade, o seu jeito de voar desperta e você se vê só indo para um mundo encantado. Então, exatamente tudo isso que digo nos textos quando me apaixono por uma cidade, mas nem sempre são flores. Lembra do arco-íris na TV preta e branca!
Na minha segunda ida a Salvador, minha Terra, não foi como a primeira vez. Na primeira eu estava com uma saudade contida há 20 anos, praticamente uma turista soteropolitana... as portas se abriam eu ficava, “olha o pelô” e saia dançando “todo menino do pelô sabe tocar tambor”.. cada volta um “olha ali!”, “ai que lindo”. Tudo era novo, apesar de estar ali anos e na minha memória também, mas vá lá eu estava com saudades e era setembro, mês que fico tonta em dobro.
Da última vez não foi tão assim, era maio. Eu estava consciente de que iria só para relaxar, ficar na praia, tomar água de coco, curti uma lua em Itapuã, sabe coisas de turista de segunda viagem. Para começar marquei de chegar ao sábado para pegar o almoço já chegar pela cozinha. Já entrei na primeira roubada, mas pudera eu tudo que entra pela boco sai por onde?
Vou abrir um parêntese aqui só para explicar um pensamento. Moro no Mato Grosso do Sul, terra do gado, da soja.. Uma economia Agropecuária que move o Brasil e salva o Paraguaia (vida longa ao Shopping China) – com todo respeito. Aqui só se vê terra, boi, touro, vaga, soja, verde, natureza, calor e mais um boizinho ali e, gente, pode por mais gado neste rebanho. É muito!
Ai, vocês acreditam que assim que cheguei em Salvador me levaram para fazenda?!! Tudo bem só sábado e domingo, segunda já tem praia, rápido.
To bom. Lembra-se do arco-íris no mês de maio só tem duas cores?!! Peguei uma virose, PQP.. Não tinha sorriso em meu olhar, pensa numa dor, numa vida de rainha do gado, “Rainha do K-gado” praticamente. Doía até a oitava geração, nunca tinha sentido uma cólica de ajoelhar o reinado. Pensei que o mundo ia se acabar em Mer.. na minha Mer..
E vocês pensam que na segunda-feira teve sol?! Não! Choveu e muito. Quando chove num dá praia... Tem de esperar dois dias para o mar limpar de toda a água que desce do asfalto, mas eu diria estar no lucro nesta ocasião, pois tinha de me livrar de um reinado.
Na quarta-feira eu estava ótima e fiquei melhor ainda quando vi o sol, vai dar praia antes de ir embora sexta. “Hipe hipe uha!”. Caracas se via alegria até vigésima geração, fui toda fogosa, me achando a rainha do arco-íris uma Shirra que acabara de derrotar o chefão dos vilões Hordak... Kkkkk.. E lá estava eu em Itapuã branca por ser rainha, seca por conta do k-gado, mas nem ai para a o mundo para mim aquela praia tava valendo mais que tudo, fiquei até cega, surda, muda. O bem vence o mal e espanta o temporal.
Mas lembra, o arco-íris e ainda era mês de maio, faltavam dois dias para ir embora. Até então a minha maré num estava para peixe, mas na minha cabeça a “Zica” já tinha ido, só que não. Eu ainda tinha mais 48 horas de “inheca” para me liberta. Que coisa?! Será um seriado?!
Foi que surge um novo personagem na minha mini-série. Um cara, mal vestido, mal encarado, mal esclarecido, maldito para falar a verdade interrompeu o meu lazer de lagartixa do mar para me roubar. Chegou, sentou na minha canga do Brasil que estava sobre as pedras e disse “me passa a digital”. Gente, fora se série eu fiquei parada olhando para aquele cara, sem atitude, pasma... na minha cabeça só pensava “o que esse cara vai fazer com a minha digital? Se ao menos tivesse pego a identidade”, “meu pai vai me matar se eu voltar sem dedo para casa!”.
Noooossa, momento de terror e cada vez que eu ficava parada olhando para aquele sujeito ele falava mais e mais e eu na nem ouvia estava surda, só via sangue na minha mão. Era o meu dedo na roda! Não sei o que ele pensou de mim, mas só sei que partiu sem dizer nada, sem levar nada... meus polegares onde estão? Aqui estão!
Fui entender que a digital era uma máquina fotográfica quando uma moça da barraca de água de coco falou. Ai Flash Back, “que situação em meu rapaz?”. O que será que ele pensou que eu pensei? Por que eu pensei muito além da realidade, praticamente viajei na minha viagem.
Agora venha o mundo evolui, esta investindo em todas as áreas do emprego e desemprego. Então depois dessa experiência resolvi ficar na casa de minha prima e esperar sexta-feira chegar. E voltei de uma ida muito louca num mês de maio em Salvador.
Tudo isso por conta “Ham!” o jeito de voar.
Pela atenção, obrigada!
Os.: a tal digital eu ainda usei como pagamento de uma conta... Kkkkkkk... rendeu na minha mão a digital.

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