segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Quem é Papai Noel?!

É dezembro, mês do vermelho e verde, das barbas brancas, neve no norte, águas no sul, árvores enfeitadas, pisca-pisca não pisca, movimento total. Mês onde o limite é 10x sem juros e deixa rolar. Ninguém se importa de gastar.
Passamos o ano reclamando “o dinheiro está cada vez mais curto”, mas só é pintar “Dez.....” no calendário e tudo se multiplica em 10. É maravilhoso!!. Eu adoro o Natal. Tudo me encanta, já fui daquelas que gastava tudo e 10 vezes mais. Dava presente para todos aqui em casa e isso é muito, pois somos em 10 fora as cunhadas e claro que somando Nana’Cajhu.
Hoje não, ponderei. E digo mais, este ano não me vejo em nenhum momento saindo de casa para comprar alguma coisa. Sabe a sensação de que não existe o presente certo para um e outro. Parece que temos tudo, não precisamos de nada, talvez o que é necessário de fato não está presente nas prateleiras das lojas, expostos em shoppings.
Será o fim do meu Natal?! Oh, não!!
Não é mesmo. É o começo de um novo. Que tal?!!
Este ano, rapaz, o “bicho pegou”. Muitos caminhos foram traçados, modificados, não foi nada fácil, aliás, nunca é para aqueles que buscam mudar, crescer um pouco mais. Nem para quem quer crescer materialmente e nem para quem quer espiritualmente, até porque se fosse simples não era preciso mudar. Fica tudo como está.
Não sei se vou conseguir dizer alguma coisa com nexo neste texto. Falar de Natal sem presentes, puxa só pode ser uma loucura, não tem menor sentido isso. Bem, há quem diga, eu digo “sou louca e você é o quê?”..kkkk.. tem uma história que meus pais contavam para nós quando juntávamos para estudar virtudes. Educação de pais com filhos. Em suma ela diz o seguinte:
... em uma casa muito simples viviam o pai, a mãe e um filho. O pai era um incansável trabalhador e recebia como pagamento batatas, a mãe uma mulher envolvida com os afazeres da casa. O filho era um garotinho danadinho, só reclamava e de tanto falar mal percebia a dedicação de seus pais. A vida não era nada fácil para esta família o prato de todos os dias era batatas, aliás a vida de muitos naquela vila se pareciam. Nem o pai e a mãe reclamavam faziam de tudo para que a história um dia mudasse, as batatas serão apenas uma fase, outras virão. Pois um dia o garotinho atrevido resolveu “descalar” à boca e soltou “não acredito, batata todos os dias. Pai você não se cansa disso e mãe você fica descascando essas batatas não percebe que ninguém suporta mais isso. Batatas todos os dias é uma vergonha, vocês não merecem o melhor da vida se satisfazem com o pouco que os ricos dão. Eles riem de nós”.
Uau, para o pai e a mãe ouvir aquilo foi muito forte “como pode ser nosso filho?” indagou o pai e saiu da mesa. A mãe, como todas as mães parou e disse “junte as cascas de batatas e as coloque no prato como faço todos os dias e leve as para o fundo de casa, espere alguns minutos e verá”.
O menino muito contrariado fez o que a mãe mandou e esperou um pouco do lado de fora de sua casa quando viu surgindo não muito longe um senhor mal vestido, sujo e com sinais de marcas no rosto, mais ao lado uma senhora e 3 filhos escadinhas. O menino a princípio pensou em gritar, correr, bater, mas resolver esperar. O senhor de marcas no rosto pegou as cascas de batatas e deu para os filhos e a esposa comer. Seguiram para um bosque sem telhas e paredes, foram dormir com as árvores.
A mãe do garoto parou do lado e disse “sabe filho, há muitos e muitos casos neste mundo que você desconhece, comemos batatas não porque queremos e sim pelo fato de termos batatas, podemos trocá-las por arroz, carne ou o quê, mas não fazemos. As nossas batatas nos alimentam e as cascas delas alimentam outros. A vida é um ciclo siga para o bem com o próximo. Não busque a própria felicidade seja a alegria de alguém”...

Bem a verdade, contei a história conforme a minha memória e imaginação, em síntese ela diz isso e isso parece pouco mais é muito. O que me fez lembrar dela foi uma garotinha muito simpática que encontrei no domingo, quando participava de uma Feira de Natal.
Eu doidinha para vender para a garotinha me envolvi tanto que já estava trocando endereços, uma menina de 9 anos. Perguntei se acreditava em Papai Noel, ela me zombou com um sorriso e muito educada respondeu com o balançar de sua cabeça um NÂO totalmente "hello, se liga" invejável, nossa ela era uma atriz.
Logo quis tirar a prova dos 9 e coloquei-a contra a parede:
"bem, eu também pensei um dia num acreditar. Já cheguei até a balançar a cabeça assim como você e melhor ritmando com o pezinho. Ah! Papai Noel não existe é lógico que são meus pais. Como ele sabe o que vou querer se nunca mandei uma cartinha?”
Mas ai o meu outro lado pensou: oras e se ele existir e um dia descobrir que eu não acreditei nele, nossa muito chato isso.
Então hoje eu não duvido."
A menina trocou o sorriso por um olhar expressão de “veja bem..” (ela era ótima em seus gestos) e disse:
“veja bem, meu Pai me falou que todos podemos ser Papai Noel. Assim, se eu ganhar um presente dele ele é meu Papai Noel, agoooora se eu der um presente para alguém eu sou a Papai Noel”.
Uau, uma mente de primeira Dama. Não é uma menina é uma anã. Fiquei maravilhada com a resposta e melhor que expressão. Como as crianças, educadas em casa, nos ajudam a crescer. Essa visão do real sem modificações do meio me encanta e só as crianças têm esse poder de ver e crer.
Essa garota “Jovem Noel” me lembrou do garotinho “Nada Noel” das histórias ditas pelos meus pais. E tudo isso junto me fez crer neste Natal vou dar aquilo de melhor em mim, o verdadeiro sentimento, o que é capaz de unir as almas, nada mais nada menos que "O amor". Este é o fruto da nossa mais sincera existência.
Obrigada pelo carinho de muitos, através dos depoimentos aqui e em meu e-mail.
Aos meus conhecidos e desconhecidos seguidores, meus desejos de felicidade, carinho e amor eterno.
Neste Natal desejo muito amor para todos epodem me amar que eu deixo e gosto.
E se eu não voltar a escrever este ano, tenham um 2010 de pura paz e espero vê-los aqui sempre virtualmente. E quem sabe em breve, um encontro real.

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