sexta-feira, 30 de outubro de 2009

E como Mutante!

Decidi mudar meu visual. Engraçado, toda vez que penso “agora vou fazer que nem daquela vez, ficou lindo!” e na hora sai algo novo, até hoje não consegui repetir sequer um corte e uma cor de cabelo.
Já fui loira em vários tons, depois fiquei de cabelos totalmente brancos, voltei para o natural, pintei de ruiva, natural mais uma vez e agora estou PINK.
Com a minha idade, Pink, só falta colocar aparelho. Pois então, estou sofrendo com esses ferros que me “Fe...”. Uma fome de lascar, mas já estou me adaptando a essa situação.
Qual a explicação “Froidiana” para isso?.. ixxi! Cris vai me tratar agora, definitivamente.
Mas não é um complexo de juventude transviada que se alberga em minha pessoa. Acontece sem eu perceber. Adoro ser diferente às claras; se sou realmente assim para que me esconder? Mostro logo para que vim e quem sou. Às vezes isso é muito ruim, me deixa frágil, mas só de vez enquanto, na maioria eu saio bem.
Hoje por exemplo fui comprar o pó de café no mercadinho perto de casa, não existe café da manhã sem café preto. O mercadinho chama “Gaucho” pelo nome dá para se ter idéia do quanto o dono é internacionalmente tradicional as raízes.
Saio do “fuquita” com minhas guedelhas Pink de doer e que ficaram mais exageradas com o bater dos raios do Sol, meus chinelos rosas, uma cara de quem só levantou e está pensando em acordar só depois do almoço.
Tudo parou, de repente só existia eu. O mundo do gaucho ficou rosa. Todos os olhares para os meus cabelos, nem repararam que ainda estava com os olhos de sono, senti a situação e resolvi andar pelos corredores, mesmo sabendo onde exatamente encontraria o pó de café. Pedi o pão e a moça nem pesou.
Ao sair, não se ouvia nada o som era o mesmo de quando entrei. Silêncio total até de pensamento.
Bem, depois acredito que muitas opiniões se esbarraram devem ter passado o dia falando sobre os cabelos rosa da garota do Fusca vermelho, ou não... foi tão chocante que esqueceram do acontecido.
É engraçado como as pessoas não estão preparadas para o novo. Fala-se tanto em progresso, mas caminha-se em retrocesso. Imagino que muitas pessoas queiram mudar de visual, sair de onde estão, dizerem “eu te amo”, experimentar o proibido, é mais que natural mudar. A natureza muda a cada instante.
Mas o medo de fugir da tradição dos costumes e bla bla bla é o suficiente para bloquear o desejo do novo.
Não tenho medo de mudar o visual, pois é a minha essência. Tenho medo de me arriscar, isso sim. Não é o cabelo ou a minha roupa que faz de mim um ser indiferente, são as respostas decoradas que me tornam um ser comum.
Sou um ser em constante mutação.
“E como Mutante no fundo sempre sozinho
Seguindo o meu caminho...
Ai de mim que sou assim...”

domingo, 25 de outubro de 2009

Há uma Real chance.

Eu me considero a “Menina dos Sonhos”. Não conheço ninguém que sonha mais que eu. Sonhos altos, baixos, rápidos, loucos, de comer e fazer acontecer. Eu acordo sonhando e durmo para sonhar.
Se for para escolher, sempre parto para o caminho do sonho curto, para não perder tempo. Se depender de mim é para ontem. E “F-o-i!”
Mas todo sonho, além do prazer de realizar ele tem dentro de si uma esperança.
O sonho e a esperança praticamente andam juntos. Não existe um sem o outro, pelo menos é o que penso neste exato momento. Sonho é o que se deseja.
Estou falando sobre isso por desabafo, pois estou no meio de um sonho de vida, o desejo de sempre. Que nem casamento você escolhe o marido, namora e vai para o altar. O meu não chega a ser um casamento de corpos é muito além, pessoal, sabe a caixa de bombom para comer sozinha? Isso.
Dentro deste sonho tudo parece estar dificultando, ao meu ponto de vista, até o latido do cachorro atrapalha. A minha volta só existe eu e ele, nada mais. O mundo ficou pequeno, a hora mais lenta com o badalar dos ponteiros, mas em compensação os dias estão super, mega, top agitados. Transformei-me numa criatura insuportável de chata. Qualquer coisinha, por menor que seja, bla bla bla... “vai roubar para ser preso, meu camarada.”
Até ontem estava em crise com essa história “Puxa meu sonho está bem ali, ali na porta daquela pessoa, depende dela e não de mim. Por que essa pessoa não reage, realiza logo? Dá-me essa alegria...”. Em meio essa crise existencial resolvi me abri com uma amiga virtual e ela me aconselhou “ligue para essa pessoa e pergunte se há a REAL chance de isso acontecer, pronto.”
Simples não?! Não mesmo. Com que cara de voz eu vou ligar para essa pessoa? O sonho é meu e não dela. E se ela disser não? Eu quebro as duas pernas.
Bem, o que quero dizer é muito simples e veio para mim num momento de maior concentração feminina, preparando o almoço, que por sinal ficou ótimo, e pensando na REAL chance. Acredito com toda força nele, sei que será para o bem, pois é o que desejo. Então não quero quebrar as minhas pernas.
Ai entrou a questão – Esperança.
A esperança é o alimento do sonho, não basta sonhar tem de acreditar e focar. A cada passo crescer juntos. Quando se alimenta um sonho de esperança ele ganha vida pode durar o tempo que for e terá brilho, pois como diz o velho ditado popular “a esperança é a última que morre.” Por isso não corra demais, seja sempre a última. Tenha paciência.
Eu havia me esquecido disso, mais uma vez o Senhor Tempo testando a minha força, a minha paciência. Há alguns anos, quando minha irmã ficou doente eu disse para um Grande Amigo meu, um Ser de infinita Luz “realize meu sonho de ver entrar por aquela porteira a minha irmã, que amo muito.” E foquei naquilo, era copa de 2006. Tudo estava lindo, pois acreditava fielmente em meu desejo mesmo quando a médica disse “Só Milagre.”
Havia uma esperança e o caminho se chamava Milagre, confiei nele plenamente. Se for isso então será. Concentrei todas as minhas energias neste amor e firmei as forças com alegria no olhar. Nem percebi o passar de 2 meses e lá estava abrindo a porteira para que o sonho realizasse por completo. Foi o momento mais lindo da minha vida. Esse foi! Perdemos a Copa daquele ano. Isso não foi nada, o tempo cura e milagres existem.
E agora me vejo desesperada para um sonho “baixo” comparado com o Milagre. Como pude me esquecer do que passei?! Ainda bem que sou mulher e faço comida. Está explicado a nossa superioridade intelectual perante aos homens.
Não importa o tamanho do nosso sonho devemos alimentá-los todos os dias e termos a paciência de aprender com ele. Há um tempo precioso dentro do sonho que nos leva para o caminho da evolução espiritual.
Um sonho só se realiza quando estamos pronto para abrir a porteira.
Obrigada querida Anna por me lembrar que ainda não estou REALmente pronta.
Obrigada Meu Amigo de infinita Luz por não me deixar esquecer-se do valor da Vida.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um Bar cheio de Firulas!!

Ontem fui a um Bar. Não um bar comum desses de esquina de “b” minúsculo conhecido por “buteco” era um Bar de “B” maiúsculo, divisor de quadra, ou seja, nem numa esquina nem na outra, exatamente Bem no meio. Um Bristrô, para falar Bem a verdade, todo Bonito, com Bufê, cheio de Badulaques, com pessoas BamBamBãs vestidos a caráter nada de “La vonté” com camisas de times, cheio de “Firulas”.
Mas eu estava de Butuca. Não sou contra esses tipos de Barezinhos, até gosto de conhecer as novas formas de diversão, me adapto ao lugar, porque acho importante participar dos ideais. Para ser crítico pelo menos tem de entrar na roda.
À primeira impressão pensei que iria me divertir, pois logo na entrada um grupo de Clowns estava “tentando interagir” com os clientes daquele lugar. Vou chamá-los de Bufões para adequar ao Bar.
Era uma noite de lançamento de um livro e os convidados estavam sendo convidados para se divertir a convite dos donos da festa. Os donos da festa não são os donos do Bar.
Algumas pessoas presentes foram exatamente, assim como eu, para o evento e as outras, pelo Bar. Fiquei com a cara de (?).. mas enfim, não era um Bar comum, lembram?! Era um Bar divisor e como de previsto o seu público também era de ser.
O fato é que o tal grupo de bufões “Desnudos Del Nombres”, no entanto “Vestidos de Alegria” não conseguiu se apresentar. Quatro convidados não se sentiram bem com a presença dos sem nomes e para isso ameaçaram a pagar uma bagatela para que parassem ou iriam embora.
Seria, talvez, uma inveja da forma de como se vestiam ou o tamanho de nariz redondamente vermelho que os “Palhacinhos” usavam? Foi um verdadeiro bafafá, pois afinal muitos ali esperavam a apresentação especial daquele grupo.
Tenho para mim que o mundo está muito sério, não se rir mais a toa. Acredito que para aqueles “4 clientes” o fato de ontem, hoje, causam-lhes prestígios de poder. Devem ter dormido Bem e acordaram fortes, felizes com a desgraça dos outros, do Maradona, da bolsa de valores e outras coisas fúteis. São públicos de “Caras”, seguidores de “Domingões” monótonos numa caixa preta, de tela plana e que não passa de um chato “Fantástico”.
Os palhaços não podem mais fazer rir, aliás, eliminem os palhaços de narizes vermelhos com roupas remendadas. Só valem aqueles que usam roupas de grife, ternos pretos, óculos de play boy, narizes estéticos, maquiagem da Mary Kay e tenham horário nobre em rede nacional. Para eles pagam-se cachês altos e vale até fazer piadas de seu público.
Eu acordei hoje chateada. Onde será que o tal “Desnudos Del Nombres” está? Qual será a próxima sessão?
Talvez numa esquina em qualquer lugar. Num bar sem muitos b-a-bás.
Como diz a minha irmã “O mundo estaria melhor se não tivessem inventado a borracha, tudo estaria certo e permitido”.
Obrigada.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Destruir para construir. Como assim?

Eu sou uma pessoa que está sempre fugindo do que leva todo mundo para o mesmo caminho numa velocidade desnecessária, com os nervos alterados, um relógio em atraso, sons de orquestra desafinada, ou seja, eu não entro no trânsito. Faço o meu caminho, busco atalhos para chegar, eu mesma, onde quer que eu vá intacta.
Pois bem, nos últimos três dias estava eu numa rotina dessas, teria de ir para o mesmo lugar durante esse período num mesmo horário. Não. Não é um emprego, pior, tratamento dentário. Outra aversão minha. Por que os dentistas doem?
Eu descobrir um atalho, um caminho que vai da minha casa para o destino dentário com o privilégio de uma paisagem natural, com rios, ponte velha de madeira, árvores de muitas idades, alturas, vidas, caminho de terra em plena cidade. Um verdadeiro atalho até certo ponto.
Atalho é o tipo de rota que me atrai. Um convite para o maravilhoso “descubra onde isso vai dar” e “decore o caminho de volta” uma aventura que se assemelha a ter um fusca. E eu tenho um 1976 vermelho. Adoro atalhos tanto quanto o meu “fusquita Juaninha”. Então, quem quiser se aventurar, vai algumas dicas minha:
1° se você tem um fusca é necessário carregar uma chave de fenda, uma lanterna e 3 bananas. Nada mais.
2° se você está num atalho é sempre bom ter um celular com bateria, se tiver dois melhor, água, tempo de sobra, tanque do carro cheio e algumas bananas. Nem pense no Google maps, ele não conhece atalhos.
3° se você estiver de fusca num atalho, além do necessário, é bom levar uns trevos da sorte, umas folhas de arruda e estar em dia com os caras lá de cima. Vai precisar sorte.
Mas o atalho que me refiro ter enfrentado, até certo ponto ele era um convite para o misterioso “como vou me sair de onde entrei?” tava tudo bonitinho com seus diferentes tons de verde, mas ai começou a surgir outros movimentos na estrada.
Caminhões descarregando entulhos - esses que tiram o lixo do lugar visível a todos e jogam em lugares invisíveis de todos e ambos vividos por todos, com diz uma pessoa que conhece “O Tudo é um Todo” -, tratores da modernização que levam homens a destruir o que irão construir. Era o caminha da modernidade chegando.
“Desculpe pelo transtorno. Estamos trabalhando para o seu bem”.
Que bem? Bem, só se for do político e do futuro do político. Encher de piche o caminho que leva a minha casa ao dentista é para o meu bem? E quem falou que isso vai ser melhor para mim? Agora vou chegar como todas as pessoas chegam ao seu destino, desembarque.. Nervosa!! Já não me bastasse o som do consultório dentário agora tenho que fazer parte do “Todo”.
Pois bem, então vão começar a colocar piche no caminho das águas da chuva, nas geleiras das montanhas, nos “Iciberg” dos pólos norte e sul, e os desertos, vulcões, as raízes das árvores, das gramas, da vida.
Digam-me: “como a natureza vai reagir ou será que já está reagindo?”
Deste cenário que vivi nestes últimos três dias de expectativa esperava que, assim como as águas, o moderno contornaria o caminho para se preservar o passado. Uma ponte nova ao lado da antiga e talvez a primeira ponte de madeira daquele lugar para mim representaria um novo que quer mudar e sabe o quanto é preciso preservar. Mas ver todas as árvores de raízes para cima foi como se o tempo continuasse atrasado para Tudo e se não bastasse o “tudo é um todo”.
Bem ainda tenho um longo tratamento dentário e espero encontrar outro novo atalho, mas ai será segredo meu e de meu “Fusquinha Joaninha”.
Abraços.

domingo, 4 de outubro de 2009

Deus abençoe Marcelo.

Nasceu Marcelo, olha que coisa mais linda.
Marcelo, primeiro filho de Ivete com seu marido Daniel, como todo bom baiano, estreou no dia 2 de outubro dia do anjo da guarda. Um garoto que esbanja saúde com 4kg e 52 cm, que maravilha, ein? Isso por que ainda é uma criança. Quando cresce... Ai mamãe!!
Pois então, não poderia deixar de comentar essa alegria. Eu, como uma admiradora de Ivete Pessoa, Ivete Profissional, Ivete Sangalo, Ivete por Ivete e agora Ivete Mãe. Essa mulher que mudou a minha vida, só eu sei. É segredo meu e de mais ninguém... kkkkkk.. ela a grande responsável por esta minha maneira de viver e ver. Só eu sei!.
Desde a notícia de sua gravidez eu sabia que era um bacuri, ela estava com cara de mãe de molequinho. Imagino o coração dela reluzindo de alegria por este presente de Deus. Um sonho real. Parabéns Ivete.
Diz que, Marcelo é proveniente de Marte, bem o que isso quer dizer não tenho a menor idéia para mim é proveniente da mãe. Mas por um lado do planeta, o lado mais claro da questão, é uma pessoa que “confia na sua capacidade de contornar as dificuldades enfrentando os seus problemas com serenidade e paciência. Geralmente se dá bem!” (isso eu encontrei num site de nomes, não me lembro o nome do site..., mas o google sabe).
Ata, agora entendi!! por isso temos os bens sucedidos: Marcelo Tas, Marcelo Adnet, Marcelo Faria, Marcelo Camelo, Marcelo D2, Marcelo Rossi, Marcelo Rezende, Marcelo da 5º séria que puxava o meu cabelo, vários tipos de Marcelos e o mais novo Marcelo San Galo.
Mas o que quero dizer vai muito além do significado do nome e da comparação com os Marcelos de hoje. O nascimento, a chegada de uma criança na Terra é o renascer da esperança. Eu que há 32 anos vivo neste mundo real procuro cada dia ser a mais próxima do desejo de meus pais, e quando digo pais também me refiro a Deus, e cada dia enfrento novas dificuldades, pois cresci e isso é muito complicado. Estar diariamente buscando um melhor para o bem de todos, não se preocupando com o tamanho da ação, mas sim, com a verdade dela não é fácil.
Desejo não só aos Marcelos, mas também aos Josés, as Biancas, Anas, Marias e muitas outras futuras crianças muitas felicidades e proteção que venham ao mundo, abençoadas e comprometidas com a paz mundial. E tenham certeza de que não é tão difícil assim, porque quando nascemos não criamos guerra, mal sabemos lutar, são os adultos que deixam de ser criança e param de brincar. Se for mantido e preservado o sentimento de nossa infância na vida adulta o mundo será outro.
Eu acredito no futuro melhor porque acredito na força do sentimento da criança.
Parabéns a todas as novas mães.
Deus abençoe,
Obrigada.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Passa a Digital! Ham?!! (seu jeito de voar é o seu limite de pensar)

Tenho falado aqui em meu blog de muitos assuntos: viagens, família, amizade, pensamentos. Enfim, e sempre procuro fechar com uma idéia toda positiva, cheia de “Love is the Air”, mas na verdade nem sempre o arco-íris é colorido.
Hoje vou contar uma história cômica e patética ao mesmo tempo. Diria que é engraçada porque me divirto até hoje contando nas rodas de prosa e sem graça pelo fato de no dia do acontecido eu não entendia nada e fiquei pagando mico para mim mesmo quando que teria de pagar para a situação. Situação ou uma roubada, literalmente falando?
Pois então, sabe essas promoções de vôos em que as loucuras sem destinos, o espírito de liberdade, o seu jeito de voar desperta e você se vê só indo para um mundo encantado. Então, exatamente tudo isso que digo nos textos quando me apaixono por uma cidade, mas nem sempre são flores. Lembra do arco-íris na TV preta e branca!
Na minha segunda ida a Salvador, minha Terra, não foi como a primeira vez. Na primeira eu estava com uma saudade contida há 20 anos, praticamente uma turista soteropolitana... as portas se abriam eu ficava, “olha o pelô” e saia dançando “todo menino do pelô sabe tocar tambor”.. cada volta um “olha ali!”, “ai que lindo”. Tudo era novo, apesar de estar ali anos e na minha memória também, mas vá lá eu estava com saudades e era setembro, mês que fico tonta em dobro.
Da última vez não foi tão assim, era maio. Eu estava consciente de que iria só para relaxar, ficar na praia, tomar água de coco, curti uma lua em Itapuã, sabe coisas de turista de segunda viagem. Para começar marquei de chegar ao sábado para pegar o almoço já chegar pela cozinha. Já entrei na primeira roubada, mas pudera eu tudo que entra pela boco sai por onde?
Vou abrir um parêntese aqui só para explicar um pensamento. Moro no Mato Grosso do Sul, terra do gado, da soja.. Uma economia Agropecuária que move o Brasil e salva o Paraguaia (vida longa ao Shopping China) – com todo respeito. Aqui só se vê terra, boi, touro, vaga, soja, verde, natureza, calor e mais um boizinho ali e, gente, pode por mais gado neste rebanho. É muito!
Ai, vocês acreditam que assim que cheguei em Salvador me levaram para fazenda?!! Tudo bem só sábado e domingo, segunda já tem praia, rápido.
To bom. Lembra-se do arco-íris no mês de maio só tem duas cores?!! Peguei uma virose, PQP.. Não tinha sorriso em meu olhar, pensa numa dor, numa vida de rainha do gado, “Rainha do K-gado” praticamente. Doía até a oitava geração, nunca tinha sentido uma cólica de ajoelhar o reinado. Pensei que o mundo ia se acabar em Mer.. na minha Mer..
E vocês pensam que na segunda-feira teve sol?! Não! Choveu e muito. Quando chove num dá praia... Tem de esperar dois dias para o mar limpar de toda a água que desce do asfalto, mas eu diria estar no lucro nesta ocasião, pois tinha de me livrar de um reinado.
Na quarta-feira eu estava ótima e fiquei melhor ainda quando vi o sol, vai dar praia antes de ir embora sexta. “Hipe hipe uha!”. Caracas se via alegria até vigésima geração, fui toda fogosa, me achando a rainha do arco-íris uma Shirra que acabara de derrotar o chefão dos vilões Hordak... Kkkkk.. E lá estava eu em Itapuã branca por ser rainha, seca por conta do k-gado, mas nem ai para a o mundo para mim aquela praia tava valendo mais que tudo, fiquei até cega, surda, muda. O bem vence o mal e espanta o temporal.
Mas lembra, o arco-íris e ainda era mês de maio, faltavam dois dias para ir embora. Até então a minha maré num estava para peixe, mas na minha cabeça a “Zica” já tinha ido, só que não. Eu ainda tinha mais 48 horas de “inheca” para me liberta. Que coisa?! Será um seriado?!
Foi que surge um novo personagem na minha mini-série. Um cara, mal vestido, mal encarado, mal esclarecido, maldito para falar a verdade interrompeu o meu lazer de lagartixa do mar para me roubar. Chegou, sentou na minha canga do Brasil que estava sobre as pedras e disse “me passa a digital”. Gente, fora se série eu fiquei parada olhando para aquele cara, sem atitude, pasma... na minha cabeça só pensava “o que esse cara vai fazer com a minha digital? Se ao menos tivesse pego a identidade”, “meu pai vai me matar se eu voltar sem dedo para casa!”.
Noooossa, momento de terror e cada vez que eu ficava parada olhando para aquele sujeito ele falava mais e mais e eu na nem ouvia estava surda, só via sangue na minha mão. Era o meu dedo na roda! Não sei o que ele pensou de mim, mas só sei que partiu sem dizer nada, sem levar nada... meus polegares onde estão? Aqui estão!
Fui entender que a digital era uma máquina fotográfica quando uma moça da barraca de água de coco falou. Ai Flash Back, “que situação em meu rapaz?”. O que será que ele pensou que eu pensei? Por que eu pensei muito além da realidade, praticamente viajei na minha viagem.
Agora venha o mundo evolui, esta investindo em todas as áreas do emprego e desemprego. Então depois dessa experiência resolvi ficar na casa de minha prima e esperar sexta-feira chegar. E voltei de uma ida muito louca num mês de maio em Salvador.
Tudo isso por conta “Ham!” o jeito de voar.
Pela atenção, obrigada!
Os.: a tal digital eu ainda usei como pagamento de uma conta... Kkkkkkk... rendeu na minha mão a digital.