terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Escrivaninha.

Hoje, organizando o meu computador, separando os arquivos, fazendo aquela limpa que nunca termina, encontrei a foto do meu presente de 15 anos, 'a escrivaninha'. Eu queria tanto ganhá-la. A história foi bem conto de 15 anos.

Na époooooca daquela idade..kkk...todas as meninas da minha queriam fazer o tal baile de debutande e dançar a primeira valsa com o rapaz mais lindo de t-o-d-a - a - e-s-c-o-l-a. Eu gostava muito desses bailes, sempre muito elegante, mesmo sem ser uma das 15 amigas da roda de valsa, tinha de caprichar no 'look'. Parecia muito com esses bailes de conto de fadas que se perde o sapatinho a meia-noite. Justamente o horário de terminar a festa e voltar para casa (engraçado, hoje começa pra mais de meia-noite).

Minha irmã ganhou uma festa dessa s-u-p-r-e-s-a e para ficar mais encantada, de recordação uma caixinha de música...lembro até hoje dos cisnes dançando. Legal né, nem sei se existe caixinhas de música ainda. Então, nos meus 15 anos, minha mãe perguntou se eu queria um desses bailes. Claro que não! Como a líder iria dançar a valsa com Alex, o subordinado?...kkkk, ele iria se achar.. NUUUNCA! E eu não queria também.

Se não tem festa vai para o presente (pena não existir Ipad na épooooca, porque com 15 anos a gente Ipod). Depois de vir várias coisas em minha mente, eu escolhi, uma escrivaninha que meu irmão havia feito para uma cliente. Isso o meu presente - UMA ESCRIVANINHA COMO AQUELA DA CLIENTE. Era linda, toda delicada, torneada, com váaaarias gavetinhas, perfeita para mim. Infelizmente minha mãe não levou a sério e insistiu para eu mudar, onde já se viu escolher uma escrivaninha.

Como minha mãe é muito brincalhona, nem liguei vai ver que estava brincando. E num é que era sério.. Ela não fez a escrivaninha e um dia antes do meu aniversário fiquei desconsolada. Eu acreditava tanto, quase mentalizeis a existência dela e como sabia as medidas, já havia organizado o lugarzinho dela. Puxa foi uma pena o dia anterior fiquei pensando "como minha mãe não acreditou em mim? eu gostava da idéia da escrivaninha", mas também CAMILA JORDÃO você NUNCA sentou a bunda para estudar, ficou de exame todos os anos desde que reprovou a quinta série, como sua mãe iria acreditar que VOCÊ iria querer uma escrivaninha?! ein?! CABEÇÃOOO!! (ai, fala sério essa consciência quando fala e pior que mãe, Deus o livre..)

Pois é, triste noite sem fim... e cheia de razão, não fazia o menor sentido a Líder ganhar uma escrivaninha. Só se fosse para o subordinado Alex usar quando eu falasse "HAlex, escreve na escrivaninha a missão de amanhã... roubar a prova de matemática"..kk

Mas 15 anos é cheio de encantos, tem uma energia tão forte incapaz de ser medida e ou decifrada é coisa divina. Num é que no dia do meu aniversário a CLIENTE da ESCRIVANINHA ligou e disse "Dona Ana, será que eu não posso devolver a escrivaninha e trocá-la por um aparador, o meu filho foi embrora e não vai ser mais útil?" CARACAS-COLAS, que que isso!!

Hoje a bichinha está lá no cantinho dela, toda linda, exatamente como foi feita. Já me deu tanta sorte! continuei de exames todos os anos escolares, confesso que nunca sentei a bunda para estudar na escrivaninha, mas toda vez que olho para ela e me lembro desse poder de acreditar fielmente, sem desvios de pensamentos. Focar a idéia ao ponto de ver o resultado final. Bom demais!

Foco é isso, mirar e ter certeza de estar olhando para o alvo.

Obrigada, Bjocas
Deus Abençoe!

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