Pois bem Brasil, Você que fora desenhado e cuidadosamente pintado de verde, amarelo e azul agora se esquenta com o tom vermelho. Vermelho de Amor ou Vergonha? Por quê? Já não era tão amado, o que aconteceu? Vergonha de mim, de si, de nós?
Confesso que por diversas vezes destruí suas cores. Por muitos momentos não valorizei a Terra em que pisei apenas passei sem sequer marcas meus passos pelo caminho. Quando procurei pelo seu calor de Pátria foi em busca de forças, mas jamais, jamais lhe retribuir com carinho de Filho.
Confesso errei e erro todas as manhãs ao esconder o Brasil de meu nome. Fui omissa, lutei com armas invisíveis, palavras jogadas ao vento, aceitei todos os enganos, calunias e corrupções contra seus cansativos 500 e tantos anos. Vi em minhas digitais apenas linhas sem valores, desenhos de uma unidade sem fim.
Amei cada dia de minha vida em seu seio, mas fui egoísta. Desde o início Você soava por amor, pedia por trégua, deu sinais de vida e nada. Perdi os sentidos diante suas riquezas fui cega, surda e muda. Desculpe-me Brasil e junto a Você me pinto de verde, amarelo, azul e vermelho em nome da minha vergonha.
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