sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Banho?!! Só se chover Nana.

Eu preciso me abrir antes que o campeonato brasileiro acabe. Estou carregando um peso enorme, pois sem quem vai ser campeão este ano. Falo sério... Quem me contou não está ligado a Confederação Brasileira de Futebol, ou aos fanáticos por Futebol, nem programas de TV sobre o assunto, ninguém, aliás, é alguém que gosta de roer o osso para afiar os dentes, que vê o mundo de quatro... patas.
Nana’Cajhu, minha yorkshire de 4 anos. Ela sabe quem vai ser campeão. Essa cuiabana está me deixando louca. Descobrir há alguns anos o seu poder de mudar a tabela do campeonato brasileiro, é verdade! Veja bem, aqui em casa apenas eu sou São Paulina, ai tem Thiago que é Flamenguista e depois todos os outros, muitos, são os fanáticos verdes Palmeirenses.
Diz que o roxo é o mais fanático, pode ser, mas os verdinhos são do tipo grito forte, nada maduro, difícil de esquecer. Eu até torço, às vezes, para eles. É de dar dó. Lucas meu irmão mais novo até chora. Veste a mesma roupa, sapato, lugar na sala, a TV da sorte, o dia da semana (quarta feira é na casa da mãe, sábado é dormindo e domingo na casa do Pedro). Não... para cada campeonato é uma superstição. Libertadores é com a bermuda camuflada, a camiseta do verdão de 1987 e All Star azul com a bandeira da Inglaterra cano longo. Dá para por fé num torcedor desse?!!
Começa o jogo e os jogadores são melhores, se toma gol - “vamos lá Parmera! vai ser 3x1” -, num é nem 2, chuta logo para 3 e ai o jogo vai indo e o atacante de trancinhas azuis ou verdes perde o gol aos 30 segundos do segundo tempo... “noooossa... esse cara é a pior contratação do Parmera, manda embora!”. Acaba o jogo perdendo, pode apostar, “não, não torço mais para esse time, muito ruim... sacanagem”. É de dar pena.
Voltando ao jogo, entra o São Paulo na questão. Por ser uma torcedora solo, de uma voz, tive de me apoiar em Nana’Cajhu. Pensa o meu time quando perde para o Palmeiras?!! É o mês, o ano, a vida falando “lembra aquele jogo?! O Edmundo Animal?! Parmeeeera...” puxa vida, passou uma vida e tá lá o jogo para sempre e sempre toda forever Edmundo Animal.
Mas ai a Nana por ser uma York, Animal de verdade, e morar numa chácara tem de tomar banho sempre. Tenho tempo para isso apenas os finais de semana, se bobear todos os finais de semana ela tem de banhar. Eu descobri, toda vez que Nana tomava banho o São Paulo ganhava, ops GANHAVA!. Sim Nana é minha sorte. Ano passado só deu ela, um “preju” em xampu e outras coisa, escovinha e o São Paulo reinou, foi ótimo.
Teve um jogo Palmeiras e São Paulo, trÊs a Zero para nós. Dei banho nela e na cria dela..ul ul..kkkkk.. lucrei. Todo o ritual do banho rola na hora do jogo, não pode ser antes nem depois. Este ano ainda, o primeiro confronto com o Palmeiras, eu estava cansada e num iria dar banho... puxa cansada, e foi que o jogo apertou, só dava verdão, então sai correndo, chamando por Nana, Lucas já saiu para pegar ela antes de mim... kkkkk.. foi um caos, mas ai consegui lavar só a franginha dela e nós metemos na trave e deixamos o Marcão por duas vezes no sufoco. Pensa o banho da cachorra?!!
Mas ai este ano o futebol enfrentou uma “enhaca” troca de técnicos no meio campeonato. Um absurdo!! Saiu Muricy do São Paulo e foi para onde? Palmeiras!! Nãooooo. Tudo bem, confiante vamos. Olha a situação. Nana entrou em crise.
Continuei com os banhos de Nana e nada de funcionar. São Paulo caindo e Palmeiras subindo, que história é essa?! Numa noite antes de dormir pensei “to para dizer que essa Cajhu é Muricy, só pode ser”. E num é que é. É só dar banho em dia de jogo do Palmeiras ele vence e o São Paulo perde.
Se for ou não vamos nos precaver. Chega de banhos, vamos economizar a água do mundo, não é mesmo. Cadê a consciência minha gente?!
Final de semana passado foi a prova definitiva, o palmeiras já havia perdido, lógico Nana não tomou banho. Ai São Paulo começa a jogar e caindo um toró aqui em casa, pedi para deixar Nana entrar para ela não se molhar e não deixaram. Por quê?! “Porque estava muito podre”. E ai o que aconteceu? Ela se molhou e nós que tomamos o banho, perdemos.
Mas joguei a culpa em todos. Uma voz solo em angústia.
Bem não sei ao certo quanto tempo o São Paulo está na liderança, mas que a Nana está um fedo de podre, está. Ainda bem que já vai terminar. Pode ser que domingo tudo acabe e ai ela tomará aquele banho delicioso de SEGUNDA-FEIRA.
Não basta ser supersticioso tem de ser esperto e criativo muitas vezes a “zica” está do lado e ninguém vê. Eu vi.
kkkkkkkkkkk
Viva Nana’Cajhu.
“êo êo campeão voltou!!”

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Fazer charme de Intelectual.

O poder por trás das lentes, ou melhor, o poder de se ter lentes. Usar óculos é uma honra que gostaria de usufruir. Já observei e constatei em dados numéricos todas as vantagens de se usar óculos. Só traz benefícios.
Uma pessoa sem óculos, normal. Agora se colocando óculos podem apostar: sua meta literária é de 10 livros por ano. Incrível, além de mais intelectualizada possui um charme, elegância, sensualidade. Acho lindo quem usa óculos.
Por isso meu sonho sempre foi de ter uma necessidade de deficiência visual, ai como me doía cada visita ao oftalmologista e enxergar todas aquelas mínimas letrinhas, nunca embaçadas. Para mim sempre nítidas. Inacreditável. Miopia, Hipermetropia, Astigmatismo. Nossa que chique: “tenho astigmatismo miópico”...
Mas não nada, nada e nada. Não tenho nenhum probleminha, nem lente para descanso me indicam. Isso é péssimo, by by elegância, conceito literário. Será que pelo menos aparento ter saído da fase “Meu cachorro Bingo”.
Os óculos calam. São exatamente para ver.
“Vejam como sou melhor de lentes”.
Quem vê alguém de óculos sente o peso desse par de lentes e se forem moderninhos, pode apostar além de uma concepção literária bem formada, possui conceito cultural bem fundamentado, e se a armação for colorida é certeza, além de tudo possui uma visão contemporânea. Ai como é chique isso!!
Sem falar o portador de óculos já é superior a qualquer teste. É involuntário. Essa pessoa pode não ser nada disso, mas assim que se vê alguém de óculos já se pergunta de livros, filmes, “art nouveau”, Java, revoluções, pode ser que a conversa não evolua, mas a idéia inicial é de que vai rolar. A noite vai ser boa, por trás dessas lentes vou me deliciar.
Uma pessoa de óculos combina com roupas ousadas. Quanto mais bem vestido melhor definido. Terno, gravata, pulôver, mochila e óculos de armação metálica ou é da “Microsoft” ou trabalha na “bolsa de valores”. Cachecol, camiseta básica, calça listrada, bolsa carteiro e óculos de armação acrílica colorida têm a ver com arte, mas não um figurante.. é lá em cima, top na arte.
Imaginem o primeiro sem óculos? Vendedor de aparelho celular com frio e o segundo um jovem EMO. Os óculos definem o perfil. Eu fico de cara quando vejo alguém com esses poderes visuais e não ousam ousá-los em seus figurinos.
Por isso me resolvi em relação a isso. Sempre tive um estilo. Meu armário falava por si só, infinitas combinações multicoloridas. Porém não era nada sem óculos, vestia uma roupa e só era uma pessoa com uma roupa diferente, agora não, coloco meus óculos, “espia que chique!”, de armação laranja por fora e dentro azul bebê, lentes de vidro, grau zero. Lógico, não havia meios de ter problemas visuais então contei meus desejos para uma amiga dona de ótica e fui tão bem interpretada que acabei ganhando um par de lentes super modernas.
Tal fato é tão verídico que hoje as pessoas me respeitam; uma coisa é entrar numa reunião sem óculos, outra é com. Menina... o assunto toma rumos diferentes. Eu fico muito metida de óculos, me acho “A” intelectual mais contemporânea de toda a região. Isso porque sou humilde. Se fosse óculos de grau mesmo me acharia a mais top do mundo.
Essas lentes me deram um poder especial, um charme.
Como sou feliz. Outra pessoa.
Hum!!... kkkkkkkkkk
“Be Jota” a todos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma fã recalcada. "Arri Égua!!

Não me lembro sequer de algum encontro meu com um ídolo que tenha sido normal, como esses de fãs que conseguem falar tudo que sentem e de quebra ganham autógrafos, fotos e ficam horas no camarim.
Sou da geração Menudo, Rob Lowe, Kevin Coster, Rick Martim. Época em que os artistas além de gatos eram homens com H, pelo menos é o que parecia ser. Dos galãs nacionais só existia um para mim: Eduardo Moscovis. Nossa como achava ele lindo. Era uma admiração secreta, pelo meu perfil de garota do mal. Na escola, eu era a chefe da equipe, a dona da bola de basquete o time começava comigo. Ai de quem chutasse a minha bola.
Na minha cabeça, ter um ídolo era papelão. Por isso me trancava no quarto com as revistas de “girl ten” cheias de fotos de astros gatinhos, se alguém me visse com elas, minha reputação de chefe iria para os babaus. Não sei por que eu era assim, mas era. Gostava de me achar forte só que na verdade eu escondia os desejos de grita Lindooo Eduuuu Moscovis. Todas as outras garotas tinham cadernos com a foto de seus ídolos na capa, o meu era do Lackers. Depois de algum tempo, muitos e muitos anos, já na faculdade, eu relaxei e deixei de ser “the bad” para ser “de boa”, comprei um caderno do Snoop.
Apesar de hoje ainda, achar ter alguns vestígios dessa fase um tanto quanto que nervosa da minha adolescência. Quando levanto em câmera a lenta apenas a minha sobrancelha esquerda e firmo o olhar para o alvo, hum!! Pode saber é um momento de regressão, mas é esse levantar que me segura às mãos e deixa tudo na paz. Pode acreitar estou em paz interior. Sério?!!
A solução de meus problemas em realção ao Ídolo foi um moreno, alto, bonito e sensual chamado Edu Moscovis e, ao mesmo tempo, o acréscimo de mais um problema foi um garto magro, chato, que gostava de futebol com um nome de pagodeiro de mal gosto, Anderson.
Edu me fez ver o mundo diferente, comecei a acreditar que pelo menos existia um homem lindo e lindo que não chutaria bola de basquete. Eu tinha acabado de escolher um ídolo.
Pois bem, tive a única oportunidade de estar frente a frente, cara a cara, olhos nos olhos, com o meu ídolo perfeito e não foi nada legal, muito péssimo, me sentia a piada da estação. Tudo isso é culpa do Anderson que chutou a minha bola de basquete, esse garoto me rogou uma praga.
A história foi o seguinte. Era sábado e minha irmã, sempre ela nas minhas melhores hitórias, foi convidada para entregar a Eduardo Moscovis um presente. Como ela sabia de minha admiração por ele, me chamou. Fomos. Na época ele fazia par romântico com Gloria Pires e eu havia comprado o CD internacional da Novela só pelo fato de ele ser a capa.. ai como eu era louca!!..kkkkkk..era!.
Nooooossa, minha mãe Nossa Senhora, quando entrei já vi de cara ele de costas, ai que lindo, ficou um tempão de costas, mas eu cuidava tanto daquele momento fiquei com os olhos fixos não piscava só para ver a hora exata em que ele viraria de frente. As costas mais lindas de todas as costas deste mundo. Não queria perder nenhum detalhe. Ele usava camiseta básica branca, chinelos e calca gens. Hum!! Roupa perfeita para um encontro de sábado a tarde.
Quando ele virou, ai que sorriso mais Kolinus. Branquinho... estava apaixonada. Eu flutuava naquele sorriso, nem sei o que estavam falando. Era uma entrevista acho. Não sabia do tempo, nada, nada, nada, se bobear nem sabia o meu nome. Para mim estava tudo lindo, aquela distância, o dia perfeito, poderia ir embora. “Será que poderíamos ir ao cinema, é sábado está lotado, todas as garotas vão me ver..kkkk”
Mas não, tinha que acontecer o inimaginável.
Minha Irmã. Olha se tem lógica. Ela conversando com o Homem mais lindo de todo o Planeta, Eduardo Moscovis, teve tempo para me ver e quando me viu foi me dando uma tensão nas pernas, senti minhas bochechas queimarem, dor na barriga, ela começou a abrir a boca e olhando para mim. Conheço o olhar dela, sei quando ela não pensa antes de falar e sai falando tentei parar sua boca com meu olhar esquerdo de sobrancelha levantada, mas não foi o suficiente. Ainda não tinha poderes suficientes.
Gente pensa num lugar cheio, lotado de fãs, reportes, galera da arte, todos querendo falar com o Cara Grego e ele conversando com a Minha irmã e ela resolve me colocar na roda. Quando a vi sabia que iria me dar mal. Ela disse, minto não disse praticamente gritou alto e claro “a Camila quer falar uma coisa para você”.. só se ouvia um silencio, senti todos os olhares para mim. Como sabiam que eu era a Camila? Naquela hora acho que diminui de tamanho na hora. Ele virou com tudo para mim. Não precisava virar eu já estava apaixonada pelas costas. "Por que virou?"
Além de pequena tinha bochechas vermelhas e uma espectativa de que “não... por favor eu não sou a Camila que ela esta se referindo, aliás nem sou Camila”. Ele, Edu, foi tão intenso em saber o que tinha a dizer, me olhou com verdade, profundidade, curiosidade, blabla...dade. Nossa foi forte, tão forte que eu senti toda aquela força e não conseguia pensar em nada a minha sobrancelha esquerda despencou, estava anestesiada, minha boca falou por si só algo incrivelmente ridículo em câmera lenta, bem detalhado, praticamente um soletrando... “Arri Égua!!”..
Não!! Não acredito que disse isso, era outra coisa, mas eu num estava preparada para aqueles olhos. Ai que vergonha. Arri Égua!! Tanta palavra bonita "I Love You", "você é lindo", "sou sua fã", "você vem sempre aqui", "quer casar comigo", mas não eu disse "Arri Égua". O que aconteceu comigo naquele sábado?!! E o cinema?!!
Foi praga do Anderson, ele chutou a minha bola de basquete na oitava série daí eu dei um soco nele na frente de todo a escola e disse “essa bola foi feita para arremessar na cesta não para chutar no gol, entendeu?”.Ai que medo de mim mesma na escola, e foi neste dia que senti pela primeira vez a capacidade de erguer uma sobrancelha apenas. Esse garoto foi a piada da vez durante aquela semana toda e por causa disso, certeza que ele planejou essa praga “um dia Camila eu vou arremessar na sexta para você cair no sábado”.
E foi justamente no sábado em que conheci o Eduardo Moscovis.
Bem esse foi meu encontro com Du Moscovis, quase que ele se apaixonou por mim se não fosse uma praga de um garoto jogador de futebol. Talvez meu nome hoje seria Camila Moscovis.
Kkkkkkk
Abração a todos e de sobrancelha esquerda levemente erguida eu digo
“Anderson.. vai _)@#)@&*%(^&, seu Vi_#)(%)#&(#&^*(&...!, Arri Egua!!”

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Res.: Olá...

Acabei de receber um e-mail. Um e-mail sem meios, totalmente direto, rápido como o avanço da tecnologia, ao ponto, sem muitos adjetivos. Nossa doeu pacas. Não que ele tenha me magoado, mas por ser sincero, verdadeiro e, pior, virtual. Não é que a verdade dói mesmo?!!
De alguma forma ele me fez pensar de imediato para que meu mundo não acabasse em lágrimas, precisava agir “apertar o verde ou o vermelho”. Um e-mail tão direto e sensível deixou a entender que o nível de uma futura parceria apenas diminuiu, mas não secou.
Aquela velha e boa vaga sensação de que “no final do túnel há uma luz, pode ser que seja a do trem...” ou “a Esperança é a última que morre; seu nome não é Esperança é Camila...” e tem também “yesterday is this yesterday, today is this today e tomorrow is this tomorrow e game over é me entrega o controle, agora é minha vez bobão..."
Bem em poucas palavras senti meu coração calar com a secura da garganta. Os olhos úmidos, embaçados em gotas de lágrimas foram fortes e seguram minha dor. Calei por uns instantes e resolvi escrever, não para responder o e-mail, mas para mim mesma.
Ainda penso no mínimo desta esperança, mas sei que é o mínimo. Tenho que buscar a certeza, não posso esperar por uma única chance, vou jogar!!. Há infinitos caminhos para se realizar é só acreditar, ter calma para entender os sinais. Assim como fui capaz de captar um “talvez não” posso encontrar um “certeza sim”.
Eu só esperava este caminho, sei que há outros, mas escolhi o mais rápido, curto, vaidoso, cheio de facilidades. Agora preciso voltar, zerar a fase e começar o jogo. Poderia optar pelo Game Over, já que só falta um “restim” de energia. Será que vale a pena começar tudo?!
Bem, parada não vou ficar. Se não morrer lutando morrerei esperando. “nooooossa!!”..kkkkkkk.. vou pegar minha guitar hero!!
Lógico que não vou morrer é só uma forma de mostrar que a vida também pode ser um Wii Nitendo, escolho o jogo e vou a luta. Na vida, assim como no vídeo game se perder não tem problemas porque é só um jogo, como diria o grande filosofo Bam Bam Bam do BBB1, “FAZ PARTE”. Aliás o BBB é a prova de que não só vida mas a Fazenda também está em jogo.
Abraços,
Puxa vida, tinha que terminar assim.
Este e-mail me deixou muito mal...kkkk

domingo, 1 de novembro de 2009

De cara com o Ídolo!

Como é bom ter Ídolos. E conhecer então?!! “C-a-r-a-c-a-s-!-!-!”... MARAVILHOSO. Eu sou fanática pelos meus ídolos, são vários. Escolho um para cada arte, até mais de um se for preciso. Fico animadíssima quando vou ao show, teatro, festa, de um dos deles. Não sei o que acontece, eu saio de mim, realmente me desconheço nessa situação.
A grande parte dos meus ídolos, tive o privilégio de conhecer. Ivete Sangalo, Rita Lee, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Luis Fernando Guimarães, Ziraldo, Jorge Mautner, Jorginho de Carvalho, Daniela Mercury.. e outros. Para cada um deles aconteceu uma história diferentemente louca.
Quando jovem, precisei de me encontrara na galera, eu já era diferente da massa, então me achei na mãe do rock, pois todo jovem se dedica a uma tribo para se encontrar, eu escolhi Rita Lee. A-m-e-i-!-! As músicas ultrapassavam os meus sentidos e saia dançando loucamente com a guitarra vassoura imaginária “venha me beijar, meu doce vampiro. Ououuu!”. Um dia, me lembro como se fosse hoje, Rita Lee veio a Campo Grande (M.S.) para o show “Marca da Zorra”. P-i-r-e-i-! era muito caro e não tinha dinheiro, na época eu estava dando aulas para um grupo de amigas que haviam ficado de exame na escola. Em meio a uma explicação e outra eu ficava com o radinho ligado participando da promoção para ganhar os convites. Era dia do show e eu não havia ganhado nada, estava muito “D-o-w-n”.
Guardando o material de aula encontro um envelope com uma cartinha e o valor do ingresso do show, dizia o seguinte “aproveite muito e obrigada por nos ajudar. Não vale chorar!”.. nem liguei agradecendo, sai no mesmo instante para comprar o ingresso. Minha mãe falou “não vai ligar para agradecer Camila?”, mãe quando fala o nome inteiro intimida P-a-c-a-s, eu disse que não, iria contar no dia seguinte como tinha sido o meu encontro com Rita Lee. Deveria agradecer com estilo. Fui ao show mais feliz que tudo, Carol, minha irmã me acompanhou nesta empreitada.
Chegando lá, imaginei “vai estar lotado é a Marca da Zorra, um showzão. Como vou fazer para ficar na frente do palco” e fiquei de cara quando vi tudo vazio. Não acreditei. Se tivesse umas 300 pessoas era muito, mas estava ótimo lugar de sobra para curtir e dançar. Para se ter noção do tanto que estava vazio eu corria a grade da frente de um lado para outro, seguia a Rita Lee no palco onde quer que ela fosse. Estava pirada, parecia uma criança.
No final do show, minha irmã falou “você quer conhecer a Rita Lee? Eu tenho um plano...” nem pensei era mais que lógico, vamos ao plano. Kkkkk.. ai ai, o plano era o seguinte:
“está vendo o muro verde que separa nós da Rita Lee, este de 4m de altura? Então, vamos subir nele. Assim que o carro dela aparecer, descemos e ficamos no portão que ela vai sair. Certo? Você vai parar o carro dela Camila”. Irmã quando fala o nome inteiro praticamente é uma f-r-i-a. É como dizer “você vai comer maionese da rua Camila?” vai dá m-e-r-d-a!
Até hoje não entendo o porquê de subir no muro, era só ficar no portão. Mas aventura de fã tem de ter emoção se não... Então fui, estava no muro, o carro apontou o farol, desci o muro, na verdade despenquei dele e já fui rolando para a rua, parei em frente ao portão. O carro vinha e eu parada na frente pensando “ele vai parar e eu entro, fácil” e ele vinha, vinha e cada vez vinha mais “ele não vai me atropelar, eu sou fã” e foi vindo e não teve jeito tive que sair da frente se não morreria. Dei uma esquivada “matrix” e numa visão turvada de fã vi a janela do carro aberta, nossa “vou entrar!” Me joguei com tudo para dentro do carro.
Pausa nessa hora.
Foi uma fração de segundos tudo isso, ao pensar ter visto a janela a aberta, me vi dentro do carro, no colo de Rita Lee, cantando “Ovelha Negra da família não vai mais voltar, não vai não.. nãoo!” E muitas gargalhadas... a cena perfeita para uma fã. E o dia seguinte, ein? Ligando para as amigas. Era bom de mais para ser real.
Mas eu disse “PENSAR TER VISTO A JANELA ABERTA”. A janela não estava aberta e simplesmente ela estava ESTUPIDAMENTE l-i-m-p-a. Eu me joguei com tudo no vidro do carro, meti a testa. Parecia uma lagartixa pregada. Não foi a Rita Lee que me atropelou, eu atropelei o carro. Fiquei tão perto que consegui vê-la fazendo gestos de Rock’roll para mim, eu podia tocá-las com meus olhos, foi lindo e inesquecível. Confesso que um tanto quando engraçado.
Sai correndo atrás do carro toda suja de terra, grama, esfolada com a testa vermelha e gritando R-o-c-k-‘R-o-l-l... R-i-t-a-L-e-e
Agradeço até hoje minhas amigas que me proporcionaram este encontro, literalmente falando..kkkk. Anos se passaram e quando me lembro, tem a mesma emoção. Muitos riem por que é deveras engraçado e contado faço as esquivadas Matrix e tudo mais. Mas o mais importante dessa história e saber que aproveitei esta fase jovem. Curti, criei identidade, participei de uma tribo, ajudei com o português, química, matemática e tinha consciência de não esperar receber por nada que fizesse.
Ser jovem é bacana. Depois muda mesmo, mas muda para diferente nem melhor nem pior. Exatamente como deve ser. Por isso devem-se aproveitar todas as etapas da vida e não passar por elas sem ter nada para contar lá na frente.
Eu continuo gostando de Rita Lee, mas hoje não toparia de frente com o carro dela e muito menos subiria num muro de 4m de altura para vê-la passar, nem de 3m, 2m talvez.
Uma amiga jovem veio falar comigo hoje por isso me lembrei dessa loucura Lee da minha vida. Essa amiga acaba de entrar para a melhor etapa da vida dela e eu a desejo muita alegria jovial.
Nati querida, a-d-o-o-o-r-o-!.
Um beijo grande aos jovens de hoje, dois aos de amanhã e aos de ontem, me liguem!...kkkkk...